Logitech enfrenta crise 'sem precedentes’ na cadeia de suprimentos
Tecmundo
As ações da Logitech caíram 6% nesta terça-feira (26), após a fabricante de periféricos anunciar uma queda acentuada na receita operacional. A companhia também declarou que enfrenta “problemas sem precedentes” na cadeia de suprimentos.
Conhecida por produzir teclados e mouses, a marca suíça é mais uma empresa de tecnologia com dificuldades em obter componentes com fornecedores. Algo que está travando a produção dos acessórios de informática.
Logitech foi a primeira marca a fabricar e vender mouse para computadores nos anos 1980.
“O desafio da cadeia de suprimento continuará pelo resto deste ano fiscal [que será encerrado em março de 2022]”, declarou Bracken Darrell, CEO da Logitech, à Reuters.
O executivo também alega que o tempo de frete aéreo para os componentes aumentou de quatro ou cinco dias para duas semanas. Além disso, os custos de produção dispararam devido à atual crise dos chips.
Então, Darrell assumiu que a Logitech terá dificuldades para atender os altos níveis de demanda por produtos. Segundo o CEO, o único movimento que a empresa pode realizar é criar um bom planejamento logístico para conseguir servir os clientes.
Apesar das ótimas vendas, Logitech teve forte queda na receita operacional e no lucro líquido.
Alta nas vendas, mas queda das receitas
Para superar o momento difícil, a Logitech estava adicionando mais fornecedores e aumentando o estoque de componentes. Com isso, a companhia vem conseguindo atender a forte demanda impulsionada por trabalhadores em home office e o público gamer.
No 3º trimestre de 2021, as vendas da empresa aumentaram 4% e atingiram US$ 1,31 bilhão. Além de superar a previsão de US$ 1,25 bilhão dos analistas, o resultado é 82% acima do valor pré-pandêmico comparado ao 2º trimestre de 2019.
Entretanto, a Logitech viu a receita operacional diminuir 40%, chegando a US$ 211 milhões durante o período. O lucro líquido também caiu 48%, atingindo US$ 139,5 milhões. Todos esses fatores influenciaram a recente queda das ações.