MediaTek: parceria com ARM e Tencent leva ray tracing a celulares
Tecmundo
O ray tracing, tecnologia conhecida pelos gamers que permite uma iluminação realista em jogos, deverá chegar em breve aos smartphones graças a uma parceria da AMD e da Samsung, através do novo chip Exynos 2200 da sul-coreana. Para não ser ultrapassada na corrida dos visuais de ponta em celulares, a fabricante taiwanesa MediaTek revelou na quinta-feira (14) um kit de desenvolvimento de software (SDK) com a tecnologia.
Assim como a Samsung, a MediaTek conseguiu reunir parceiros de peso: a designer de chips britânica ARM e a Tencent, maior empresa de games do planeta. O kit da MediaTek para celulares é baseado na extensão Vulkan, API gráfica desenvolvida pelo Khronos Group e compatível com Android. Com essas novas ferramentas de ray tracing, ("rastreamento de raios" ou "traçado de raios"), o ecossistema de jogos tende a se expandir ainda mais no segmento mobile.
Na verdade, a tecnologia não é nova e está presente em PCs desde que a NVIDIA anunciou suas placas gráficas da série RTX 20 em 2018. Mas se engana quem pensa que o ray tracing é apenas um nome bonito para promover a venda de GPUs ou mais um rótulo para hardware de jogos. Trata-se de uma tecnologia em franco desenvolvimento destinada a criar uma experiência nova em jogar, de forma imersiva, bonita e visualmente confortável.
Ray tracing em celulares
Comparação dos gráficos COM e SEM ray tracing
Para viabilizar um suporte robusto para o ray tracing, a MediaTek anunciou no início deste ano a sua série de processadores Dimensity 1200 que, além de poderosos núcleos Cortex-A76, traz em sua versão mais recente (agosto) uma GPU Mali-G57 MC2, suporte para LPDDR4x RAM e armazenamento UFS 2.2.
Essas GPUs, garante o diretor-sênior de Ecossistema e Engenharia da ARM, Geraint North, “melhorarão significativamente o desempenho da tecnologia de ray tracing em dispositivos móveis por meio da aceleração de hardware”. Publicada no site da MediaTek, a afirmação do representante da empresa britânica destaca a importância da chegada da solução a dispositivos de plataforma cruzada, como uma forma de aprimorá-la com novos desafios.