Omega 1: novo motor de combustão promete emissões de poluentes quase nulas
Tecmundo
Uma startup localizada em uma pequena cidade do Kansas nos EUA, chamada Astron Aerospace, acaba de lançar o que classificou como “um motor revolucionário com um design selvagem”. Mas o anúncio pode ser considerado também corajoso, isto porque se trata de um novo modelo de motor de combustão interna (ICE), lançado em um momento no qual todas as montadoras trabalham em direção a um futuro inteiramente eletrificado.
Mas a coisa não para por aí: o novo motor – chamado de Omega 1 – foi concebido na mesma forma rotativa do motor Wankel, criado em 1924 pelo engenheiro alemão com o mesmo nome, e considerado o maior fracasso da indústria automobilística de todos os tempos, sendo utilizado apenas pela japonesa Mazda, que o aposentou em 2012.
Ilustração mostra o novo motor Omega 1 (Fonte: Astron Aerospace/Divulgação).
Como funciona o novo motor Omega 1?
O Omega 1, que já possui um protótipo funcional na Astron Aerospace, promete funcionar com vários tipos de combustíveis diferentes. No entanto, garante a fabricante, o motor produz "entre extremamente baixas a zero emissões nocivas", e é capaz de funcionar como um "extensor de alcance [unidade de energia auxiliar] definitivo".
Para garantir essa performance, a Astron desenvolveu um design único, no qual os quatro tempos de um motor foram divididos em duas câmaras independentes, com uma pré-câmara entre elas, que separa o ar frio da admissão dos gases quentes do escape. O conjunto utiliza quatro rotores montados em dois eixos primários funcionando em pares verticais, e acoplados com engrenagens de sincronização que giram na mesma RPM, mas em direções opostas.
Na relação potência/peso, o protótipo do Omega 1 pesa apenas 15,9 kg e entrega impressionantes 160 cavalos de potência (ou 119 quilowatts) e 170 libras-pé de torque. Além disso, o funcionamento em torno de um único eixo de potência rotativo faz desse motor o primeiro do mundo com transferência de potência linear ativa. Outra inovação é a inexistência de vedações rotativas, pois as RPMs são tão altas que não há chance de o ar vazar.