Por que investir e desenvolver estratégias de apps é importante?

Um estudo da empresa App Annie, focada em análise do mercado mobile, mostrou que o Brasil foi o país com a maior média de tempo gasto em aplicativos em 2021. Em média, o brasileiro gasta 5.4 horas na ferramenta: seja fazendo compras, realizando operações bancárias, conversando com os amigos. Soma-se a isso a aderência que o smartphone tem na população. 

Por conta disso, diversos setores do mercado, em especial o varejo, se atentaram à informação e passaram a investir pesado no desenvolvimento de apps. No entanto, ter um aplicativo não é garantia de sucesso. Ele precisa ser bem feito e fazer parte de uma estratégia macro.

Um aplicativo de excelente navegabilidade é fundamental, mas se o público não o conhece, de nada adianta. Para isso, é necessário um planejamento específico para a atração e retenção de público. Denominado app marketing, esse tipo de plano consiste basicamente  em atrair pessoas para aumentar o número de downloads na loja e garantir que, uma vez baixado, esse app não seja esquecido ou trocado por um concorrente pelo usuário. A ideia é que ele seja útil de fato.  

Alcançar esse objetivo não é tarefa fácil, até porque a concorrência é gigantesca. Considerando que a App Store recebe em média mil envios de aplicativos por dia, então é preciso saber como se destacar. E aí é preciso começar do simples: o primeiro passo é realizar uma pesquisa de mercado que ajuda a identificar: Quem é o público-alvo e a persona do seu aplicativo? Por que ela vai se interessar pelo seu aplicativo? Hoje, quem são seus concorrentes? 

Parecem perguntas simples, mas certamente são um bom indicador de que você está abordando a pessoa certa, na hora certa, com o produto certo. E isso, claro, vai ter impacto na retenção e conversão e até em informações mais específicas, como, por exemplo, a melhor data para o lançamento do aplicativo.

Outra ferramenta que se deve usar dentro do planejamento de um aplicativo é a Otimização na App Store (ASO, na sigla em inglês), que é o processo de melhorar a visibilidade do seu aplicativo na App Store e no Google Play. A ASO identifica as palavras-chave que devem ser utilizadas para que o aplicativo melhore sua classificação nas lojas. Também é importante incluir capturas de tela e um vídeo de como usá-lo. Utilizar categorias secundárias do aplicativo é outra boa ideia, assim os usuários têm mais chances de encontrá-lo. Se possível, busque também traduzir a descrição do aplicativo na loja.

Além disso, tem mais um ponto importante que deve ser mencionado que é a mensuração dos dados dentro do app. Por muitas vezes os KPIs (Key Performance Indicators, em tradução livre indicadores de desempenho) do aplicativo geralmente são melhores quando comparados com os sites na taxa de conversão, ticket médio gasto e até mesmo na recompra. Portanto é de suma importância que o empreendedor dê a devida atenção a tais indicadores de desempenho. 

Por último, mas não menos importante, são as redes sociais. Dados da Hootsuite e WeAreSocial indicam que o Brasil é o 3º País que mais usa redes sociais no mundo, com uma média de 3h42 por dia. Ou seja, é bom publicar regularmente nas redes sociais e usá-las não apenas para vender, como também para aumentar o reconhecimento do produto ou serviço. Por exemplo, as redes sociais são uma ótima maneira de criar comunidades e obter feedback de usuários que não teriam o incentivo de realizar o contato via site. Ainda nas redes sociais, é possível integrá-las ao app para que os usuários compartilhem conteúdos de lá de maneira mais fácil.

Enfim, é perceptível que os aplicativos se tornaram essenciais para qualquer negócio, independente de tamanho ou segmento, ainda mais considerando a forte tendência omnichannel do consumidor.  Mas um aplicativo sem estratégia é como um carro sem gasolina: não te leva a lugar nenhum. 

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Lucas Pizetta é Gerente de Mídias da Raccoon.Monks, agência de soluções digitais full service com clientes como Natura, XP Inc., Google, Nubank, C&A, Grupo Big e YDUQS. A empresa se fundiu, em 2021, ao grupo S4 Capital, holding de publicidade digital fundada por Martin Sorrell, passando a se chamar Raccoon.Monks