Tesla: acionistas querem US$ 13 bilhões por compra da SolarCity
Tecmundo
Acionistas da Tesla apresentaram, na terça-feira (18), um pedido a um juiz no qual solicitam que o CEO Elon Musk retorne aos cofres da fabricante de carros elétricos a importância de US$ 13 bilhões (R$ 71 bilhões). Na petição, os investidores alegam que o executivo coagiu os demais membros do conselho de administração a aprovarem a compra da empresa de painéis solares SolarCity, em 2016.
A empresa em questão, sediada em San Mateo na Califórnia, foi fundada por dois primos do CEO da Tesla, Lyndon Rive e Peter Rive, e tem como atividade a comercialização, fabricação e instalação de painéis solares residenciais, comerciais e industriais nos EUA. Na época de sua compra, a empresa estava passando por dificuldades financeiras e tinha como presidente o próprio Elon Musk.
De acordo com o advogado dos acionistas, Randy Baron, "este caso é sobre se a aquisição da SolarCity foi um resgate de dificuldades financeiras orquestrado por Elon Musk". As alegações retomam pontos de um julgamento de agosto de 2020, no qual os demais diretores do conselho da Tesla ficaram livres das acusações, mediante um acordo de US$ 60 milhões. Mas Musk se recusou a admitir qualquer tipo de culpa, e continuou como réu.
O que diz a defesa de Musk?
Painéis da SolarCity no site da Tesla. (Fonte: Tesla/Divulgação.)
Em outro julgamento, realizado em junho de 2021, Musk alegou que a compra da SolarCity fazia parte de um ambicioso plano decenal para criar uma empresa verticalmente integrada. O empresário buscava revolucionar a geração e o consumo de energia limpa através dos painéis solares da SolarCity e das baterias dos carros da Tesla.
Conforme a Bloomberg, na audiência de terça-feira (18), a advogada de Musk, Vanessa Lavely, argumentou com o juiz que era "improvável" que o bilionário tivesse tanto poder assim sobre o conselho de administração da Tesla, visto que não possui qualquer controle sobre as posições dos membros nem sobre sua remuneração.