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Explosão de celular: será que seu aparelho corre risco?
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Explosão de celular: será que seu aparelho corre risco?

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Anamaria
17/02/2025 16h30
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Um caso recente chamou atenção para os riscos de uma explosão de celular. Em Anápolis (GO), uma jovem teve o aparelho explodido no bolso enquanto fazia compras.

A estudante Stella Barralho afirmou que tanto o celular quanto o carregador eram originais e que o dispositivo não apresentava sinais de defeito. Mesmo assim, o acidente aconteceu.

Com queimaduras graves, ela precisou passar por dois procedimentos para estimular a recuperação da pele e evitar infecções. Ao Fantástico, mostrou as roupas e pertences danificados pelo fogo.

“Eu não consigo mais ficar tão perto de celular”, desabafou. “Eu não consigo ter essa proximidade, a confiança que eu tinha. Eu não tenho tido contato com o aparelho igual antes.”

Para entender como a explosão de celular aconteceu, AnaMaria explica a seguir o que fazer para evitar acidentes como o de Stella. Confira:

Explosão de celular: o que causa esse tipo de acidente?

O problema está na bateria, mais especificamente no lítio. Esse material é usado em muitos eletrônicos por sua eficiência, mas pode se tornar perigoso quando sofre danos ou é mal utilizado.

Todos os dispositivos são projetados para funcionar em temperaturas de até 40ºC ou 45ºC. Quando o calor é excessivo, a camada protetora da bateria pode ser comprometida. Caso o lítio entre em contato com o ar, ocorre uma combustão. Foi exatamente o que aconteceu com Stella.

A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) destaca que esses casos são raros em comparação ao número de celulares em uso no Brasil. No entanto, desde o início dos registros, a média é de 12 mortes por ano relacionadas a esse tipo de acidente.

E não são apenas celulares que correm risco. Baterias de lítio também equipam bicicletas, motos elétricas, patinetes e até carros elétricos.

Edson Martinho, diretor executivo da Abracopel e especialista em segurança elétrica, explicou ao Fantástico que qualquer carregador pode apresentar problemas, mas os modelos piratas são ainda mais perigosos, pois não possuem proteção contra sobrecarga.

Ele faz uma comparação: “A caixa d’água, você tem lá a boia, vai colocando água, chega uma hora que ela trava. O carregador que não é original, ou a própria bateria que não é original, eles não têm esse sistema. Então, eles ficam mandando água, ou seja, no caso, elétrons para a bateria, vão mandando, mandando, até a hora que transborda. No caso da bateria, ela enche e isso vai gerar um aquecimento excessivo, vai gerar aquele estufamento e aí pode explodir.”

Como evitar acidentes como esse?

Ele alerta que a maioria dos incidentes acontece com o celular plugado. Por isso, evitar carregar por mais tempo do que o necessário é uma medida preventiva.

Apesar de raro, o superaquecimento também pode acontecer mesmo sem estar na tomada. O abafamento pode causar o fenômeno chamado “fuga térmica”. Isso ocorre quando a bateria não consegue dissipar o calor gerado, levando a incêndios ou explosões. Se o aparelho aquecer demais, é indicado desligá-lo.

A Abracopel também orienta a ficar atento a danos na bateria. Se houver rachaduras ou um impacto forte, como uma queda, pode haver vazamento de substâncias inflamáveis.

“A regra que nós falamos do celular se aplica a tablet, notebook, bicicleta elétrica, patinete elétrico e veículo elétrico. Ou seja, todos têm o mesmo tipo de bateria. Cada um tem a sua proteção. Então, uma bateria pequenininha é protegida um pouquinho. Uma bateria um pouco maior vai ter uma proteção um pouco maior”, finaliza Edson.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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