Você usa o Gmail? Veja o alerta do FBI sobre nova ameaça de segurança
Anamaria
O Gmail é uma das plataformas de e-mail mais populares do mundo, com mais de 1,8 bilhão de usuários globais, segundo dados recentes. Essa ampla adesão, entretanto, também atrai a atenção de cibercriminosos, que veem na popularidade da plataforma uma oportunidade para aplicar golpes e roubar informações pessoais.
Recentemente, o FBI emitiu um alerta sobre novas técnicas de ataques cibernéticos voltadas ao Gmail. Essas ameaças utilizam um método chamado “ataque de cookies de sessão”, que pode driblar até mesmo a autenticação de dois fatores, expondo os dados dos usuários a riscos elevados. Saiba como esse ataque funciona e o que fazer para proteger sua conta.
O que é o ataque de cookies de sessão e como ele afeta o Gmail?
Cookies de sessão são pequenos arquivos que os sites utilizam para “lembrar” a sessão de um usuário. No Gmail e em outros serviços, esses cookies armazenam dados de login, permitindo que o usuário acesse sua conta sem precisar inserir a senha repetidamente. Esse recurso, no entanto, pode se tornar uma brecha para hackers.
Os cibercriminosos conseguem acessar esses cookies de sessão através de métodos de engenharia social, como e-mails fraudulentos ou links infectados, que induzem o usuário a visitar sites perigosos. Ao entrar nesses sites, um malware é instalado no dispositivo e começa a capturar os cookies de sessão, que são, então, utilizados para replicar o acesso do usuário ao Gmail.
Com esse tipo de ataque, os hackers podem entrar na conta do Gmail e acessar outros serviços vinculados a ela, como redes sociais e plataformas financeiras, sem precisar da senha ou do código de autenticação do usuário.
Medidas de proteção recomendadas pelo FBI
O FBI e especialistas em segurança cibernética indicam algumas ações que os usuários podem tomar para proteger suas contas no Gmail e evitar que cibercriminosos se aproveitem dos cookies de sessão. Veja as principais dicas:
- Limpeza regular dos cookies no navegador: é importante limpar frequentemente os cookies e dados de navegação para reduzir a exposição a ataques. Isso impede que cookies antigos armazenem informações de login que podem ser exploradas;
- Evite usar a função “Lembrar neste dispositivo”: embora essa opção seja prática, ela também deixa os cookies mais acessíveis para os invasores. Para proteger seu Gmail, faça login sempre que necessário e evite salvar os dados de sessão;
- Acesse apenas sites com conexão segura (HTTPS): verifique se o site possui um certificado de segurança HTTPS, indicado pelo ícone de cadeado ao lado do endereço da página. Esse tipo de conexão criptografa as informações trocadas, dificultando a interceptação de dados;
- Revise o histórico de login da sua conta: no Gmail, vá até as configurações de segurança e revise os dispositivos e locais que acessaram sua conta recentemente. Se notar algum acesso suspeito, saia imediatamente de todas as sessões e altere sua senha.
Como o Google tem se posicionado sobre a segurança do Gmail?
O Google investe em recursos de segurança para proteger as contas de Gmail, como a autenticação de dois fatores (2FA), análise de ameaças e alertas para acessos suspeitos. Ainda assim, a empresa reforça a importância da segurança individual, incentivando os usuários a adotarem hábitos seguros de navegação e a estarem atentos a e-mails e links suspeitos.
Para muitos, o Gmail é o centro de várias contas e serviços, o que torna a segurança da plataforma ainda mais crucial. Quando uma conta é comprometida, as consequências podem ser extensas, já que o a plataforma é frequentemente utilizada para recuperação de senha e comunicação com outras plataformas importantes.
Com a crescente ameaça cibernética, é fundamental que os usuários do Gmail se mantenham vigilantes e adotem medidas preventivas para proteger seus dados. O alerta do FBI serve como um lembrete de que, embora as ferramentas de segurança estejam avançando, a responsabilidade de manter uma conta segura também recai sobre cada usuário. Revisar suas configurações e seguir as recomendações dos especialistas pode fazer toda a diferença na proteção contra ataques.