As dificuldades enfrentadas por astronauta 'presa' no espaço

A astronauta da Nasa Sunita Williams, de 59 anos, está há nove meses no espaço ao lado de Butch Wilmore, de 62 anos, após ser enviada em uma viagem com a cápsula Starliner, da Boeing, que apresentou defeitos técnicos.

Nesta quarta-feira, 12, a Nasa e a SpaceX adiaram o lançamento da tripulação que substituiria os dois astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS). Esse lançamento marcaria o início do retorno de Williams e Wilmore à Terra.

A Nasa explicou que o adiamento ocorreu devido a um problema no sistema hidráulico do foguete Falcon 9, que seria usado para transportar os novos tripulantes.

Dificuldades

Sunita Williams revelou, em fevereiro, pelas redes sociais, que já esqueceu como é caminhar, devido ao longo período em microgravidade. Em uma videochamada com alunos da Needham High School, em Massachusetts, ela comentou que não se lembra mais da sensação de andar ou se sentar.

Estou aqui há tanto tempo que estou tentando lembrar como é andar. Não andei, não sentei, não me deitei”, disse a astronauta na ocasião.

Williams e Wilmore estão a bordo da ISS desde 5 de junho de 2023. Inicialmente, a missão seria de apenas oito dias, mas problemas técnicos com a cápsula Starliner impediram o retorno no prazo planejado. A cápsula retornou à Terra vazia, deixando os astronautas na estação.

Apesar da longa permanência, a Nasa garantiu que os astronautas não estão abandonados. Em comunicado ao Daily Mail, a agência destacou que missões prolongadas no espaço causam mudanças físicas nos corpos humanos e que estão trabalhando para mitigar esses efeitos. 

Situação atual

Sunita Williams continua desempenhando suas funções com sucesso, incluindo rotinas diárias de exercícios, caminhadas espaciais e a realização de diversos experimentos científicos no laboratório orbital.

A Nasa impõe uma rigorosa rotina de exercícios físicos aos astronautas, com sessões diárias de duas horas, que incluem corrida na esteira, bicicleta ergométrica e treinamento de força. Esse regime é essencial para manter a saúde física e a produtividade durante as missões prolongadas na ISS.