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Congelada no tempo por 66 milhões de anos, mistério da árvore ‘fóssil vivo’ é revelado
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Congelada no tempo por 66 milhões de anos, mistério da árvore ‘fóssil vivo’ é revelado

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Aventuras Na História
15/09/2023 18h18
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15770382/original/open-uri20230915-18-1ad8vi9?1694802779
©Getty Images
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Em 1994, no coração do Parque Nacional Wollemi, situado a cerca de 100 quilômetros a oeste de Sydney, Austrália, caminhantes fizeram uma descoberta notável: um grupo de árvores que parecia ter sido congelado no tempo, remanescente de uma época em que os dinossauros vagavam pela Terra. Agora conhecido como o "fóssil vivo," o pinheiro Wollemi (Wollemia nobilis) foi encontrado em um desfiladeiro.

Hoje, apenas 60 dessas árvores únicas sobrevivem na natureza, enfrentando ameaças como incêndios florestais na região. Em um esforço para compreender melhor e proteger essa espécie rara, cientistas dos Estados Unidos, Austrália e Itália decodificaram o genoma do pinheiro Wollemi.

O genoma revela informações cruciais sobre sua evolução, estrutura genética e hábitos reprodutivos, fornecendo insights valiosos para os esforços de conservação. O estudo foi publicado no banco de dados de pré-impressão bioRxiv em 24 de agosto. O pinheiro Wollemi possui um genoma notavelmente grande, com 26 cromossomos e aproximadamente 12,2 bilhões de pares de bases, em comparação com os cerca de 3 bilhões nos seres humanos.

Curiosamente, apesar do tamanho massivo do genoma, a diversidade genética do pinheiro é surpreendentemente baixa, sugerindo um evento de estrangulamento populacional há milhares de anos. Essas árvores aparentemente se reproduzem principalmente por clonagem através da talhadia, um processo em que novas árvores brotam da base. O genoma revelou a presença de "genes saltadores" conhecidos como transposons, que podem alterar a sequência de DNA e influenciar a evolução.

O declínio da espécie

Os cientistas acreditam que os transposons podem ter contribuído para o declínio populacional do pinheiro, possivelmente induzindo mutações prejudiciais em resposta a mudanças climáticas e outros fatores estressantes. Para mitigar esse impacto, a espécie pode ter adotado a reprodução clonal, reduzindo a introdução de mutações prejudiciais, segundo a Live Science.

Além disso, o genoma revelou por que o pinheiro Wollemi é suscetível a doenças, incluindo o fungo patogênico Phytophthora cinnamomi. Essa pesquisa pode ser fundamental para a proteção e preservação dessa espécie única, oferecendo novas estratégias para garantir sua sobrevivência em um mundo em constante mudança.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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