Esqueleto de morcego de 52 milhões de anos pertence a espécie nunca vista
Aventuras Na História
Dois esqueletos de morcego de 52 milhões de anos foram encontrados em um estado de conservação e preservação impressionante, no Wyoming, nos Estados Unidos. Esses fósseis são os mais antigos do grupo animal a serem encontrados, e pertencem a uma espécie que ainda não era conhecida pelos especialistas.
O principal autor do estudo que divulgou os esqueletos, o paleontólogo da Holanda Tim Rietbergen, disse ao site de divulgação científica LiveScience que ele imediatamente percebeu a diferença desses morcegos. A nova espécie é um pouco menor do que o Icaronycteris index, o parente mais próximo dos animais que tiveram seus fósseis encontrados, podendo facilmente, com as asas dobradas, caber em uma mão humana.
Os dois esqueletos foram encontrados na Formação Green River ("Rio Verde", em português), no sudeste do estado de Wyoming, que abriga parte do famoso Parque Nacional de Yellowstone, que conta com gêiseres que podem ser visitados.
Morcegos antigos
O estudo produzido por Rietbergen e outros colegas foi publicado na plataforma acadêmica PLOS One na última quarta-feira, 12, e trata das mudanças que essa espécie antiga de morcego trazem para a organização da árvore de família dos animais que inspiraram tantas lendas e histórias na cultura popular.
Antes desses dois esqueletos, os espécimes de morcegos mais antigos encontrados tinham 50 milhões de anos e também foram encontrados na mesma área. Comparando os novos fósseis com exemplos que já haviam sido encontrados antes, eles perceberam que aquele achado se tratava de uma nova espécie de morcegos, batizada de Icaronycteris gunnelli, como homenagem ao finado biólogoGreg Gunnell.
Esse morcego pesava entre 22,5 e 28,9 gramas. O peso é similar ao do já conhecido Icaronycteris index, seu parente próximo, mesmo que o gunnelli seja menor. Não se sabe seu peso com exatidão por causa da possível deformação dos ossos durante o processo de fossilização.