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Estudo inédito: cientistas extraem DNA humano de pingente usado há 20 mil anos
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Estudo inédito: cientistas extraem DNA humano de pingente usado há 20 mil anos

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Aventuras Na História
03/05/2023 18h16
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15534307/original/open-uri20230503-18-1ktw1eb?1683143248
©Divulgação/ Instituto Max Planck
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Pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, que fica localizado na Alemanha, desenvolveram um novo método de extração de DNA capaz de retirar informação genética de dentes e outros ossos sem danificar as amostras do passado. 

A estrutura da superfície de artefatos de osso e dente do Paleolítico fornece informações importantes sobre sua produção e uso. Portanto, preservar a integridade dos artefatos, incluindo microestruturas em sua superfície, foi uma prioridade", explicou a arqueóloga Marie Soressi, co-autora do estudo, conforme apurou o site Phys.org. 

A prática foi comparada a uma "máquina de lavar" no sentido que os artefatos usados na pesquisa teriam sido "lavados" com água e produtos químicos a altas temperaturas. Com o processo, o DNA que antes estava nos fósseis passou para a água utilizada. 

Descoberta 

Após testarem seu método em diferentes amostras, a equipe alemã finalmente obteve sucesso com um pingente escavado em 2019 na Caverna Denisova, que fica na Rússia. Feito de dente de veado, o objeto histórico estava repleto de genes humanos pertencentes a um indivíduo que teria vivido entre 19 mil e 25 mil anos atrás. 

Com base nos experimentos feitos em laboratório, foi possível determinar que a pessoa que usou o colar era uma mulher de perfil genético próximo ao dos povos antigos do norte da Eurásia.

Vale mencionar que a extração de DNA de itens onde pessoas deixaram suas digitais já é um conceito com o qual muitos de nós estamos familiarizados, uma vez que é uma técnica utilizada na resolução de crimes. A replicação dessa prática para a arqueologia, todavia, é um desdobramento impressionante.  

"Os cientistas forenses não ficarão surpresos com o fato de o DNA humano poder ser isolado de um objeto que foi muito manuseado, mas é incrível que isso ainda seja possível depois de 20.000 anos", disse Matthias Meyer, que é geneticista e também o outro co-autor da pesquisa, ainda segundo o Phys.org. 

+ Para conferir o artigo científico, clique aqui. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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