Para retorno de astronautas 'presos', dois tripulantes são excluídos de missão da SpaceX
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Nesta semana, a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, a agência de pesquisa espacial dos Estados Unidos) anunciou que dois tripulantes da próxima missão espacial da SpaceX foram excluídos da empreitada, para que Suni Williams e Butch Wilmore possam retornar à Terra. A dupla de astronautas está "presa" na Estação Espacial Internacional (ISS) desde junho.
As tripulantes excluídas da missão foram Zena Cardman e Stephania Wilson, uma bióloga marinha e uma astronauta veterana dos Estados Unidos. No entanto, a agência reforça que elas ainda poderão participar de outros projetos no futuro. Por sua vez, Nick Hague, da NASA, e o russo Aleksandr Gorbunov permanecem confirmados, e viajarão em um foguete da SpaceX que partirá em setembro; eles devem retornar com Suni e Butch em fevereiro do próximo ano.
Suni e Butch deveriam retornar, originalmente, na cápsula Starliner, da Boeing, que apresentou problemas após acoplar na ISS. Por isso, ela retornará vazia no início de setembro, por oferecer riscos à segurança da tripulação. "Não foi uma decisão fácil, mas é absolutamente a correta", atestou em comunicado Jim Free, administrador associado da Nasa.
Mudança nos planos
Supostamente, a missão de Suni e Butch, que foram enviados ao espaço em 5 de junho, deveria ter durado apenas 8 dias. Agora, já faz quase três meses que estão presos no espaço, e ainda devem permanecer lá por mais algum tempo.
Há algumas semanas, equipes da Boeing e da Nasa realizaram diversos testes para tentar compreender os problemas detectados, preocupados principalmente com a possibilidade de a Starliner não conseguir sair da órbita da Terra, o que seria crucial para o lançamento.
Com a decisão pela SpaceX, a imagem da Boeing — que já vem apresentando problemas em vários modelos de aviões, seu principal produto — pode ser fortemente afetada neste momento de crise.