Pesquisadores recriam cabeça do maior inseto que já existiu
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Cientistas acabam de recriar o rosto do maior inseto que já existiu. Até então, os pesquisadores buscavam ter mais detalhes deles, visto que os fósseis encontrados eram ‘apenas’ conchas sem cabeça — que eram deixadas para trás quando os insetos mudavam de casco.
A espécie, que podia alcançar os 2,7 metros de comprimento distribuídos ao longo de suas 64 patas, é alvo de pesquisa há décadas. Sabe-se que os insetos se contorciam para fora de seus exoesqueletos através de uma abertura na cabeça à medida que eles cresciam e chegavam a pesar mais de 50 quilos.
Agora, os pesquisadores conseguiram recriar sua cabeça através do estudo de fósseis mais jovens, mas que estavam completos e muito bem preservados. Os detalhes foram publicados em artigo na Science Advances.
O maior inseto que já existiu
Com a pesquisa, descobriu-se que a cabeça do inseto parecia um bulbo redondo com duas antenas curtas no formato de sino. Além disso, ele também tinha dois olhos salientes, parecido com os de um caranguejo, e uma boca bem pequena e adaptada para triturar folhas e cascas.
Chamados de Arthropleura, ele era um artrópode (assim como caranguejos e aranhas) com características semelhantes às centopeias e milípedes modernos. Mas alguns deles eram muito, muito maiores, e até mesmo pareciam uma mistura entre eles.
Descobrimos que ele tinha o corpo de um milípede, mas a cabeça de uma centopeia”, disse o coautor do estudo e paleobiólogo Mickael Lheritier, da Universidade Claude Bernard Lyon, em Villeurbanne, França, conforme repercutido pelo The Independent.
O Arthropleura pode ter sido o maior inseto que já existiu — embora ainda haja um debate em relação ao extinto escorpião marinho gigante. O inseto vem sendo estudado desde o final do século 19, por pesquisadores na Europa e na América do Norte que coletaram seus fragmentos e pegadas.
Para produzir um modelo da cabeça, os pesquisadores utilizaram tomografias computadorizadas para estudar espécimes fósseis de ‘jovens’ insetos totalmente intactos que estavam incrustados em rochas encontradas em um campo de carvão francês na década de 1980.
Embora os jovens medissem apenas 6 centímetros — e é bem possível que alguns não alcançassem tal tamanho irreal —, os pesquisadores dizem que a espécie era próxima o suficiente para fornecer um vislumbre de como eram os insetos gigantes quando eles estavam vivos há 300 milhões de anos.