Qual seria o QI dos laureados com o Prêmio Nobel?
Aventuras Na História
A discussão sobre o quociente intelectual (QI) médio dos laureados com o Prêmio Nobel não é um tópico novo. Inclusive existem alguns estudos que argumentam que, em geral, os laureados têm um QI significativamente acima da média da população em geral.
Citando uma pesquisa realizada por Dean Keith Simonton, psicólogo da Universidade da Califórnia em Davis, que analisou o QI de 190 laureados do Prêmio Nobel pode chegar-se a algumas conclusões. Segundo Simonton, o QI médio dos laureados é de aproximadamente 145, o que está no extremo superior da escala de inteligência.
No entanto não podemos ficar presos apenas nesta questão e devemos também discutir a relação entre QI e criatividade, observando que muitos dos laureados foram reconhecidos pelas suas contribuições criativas para a ciência, literatura ou paz. No entanto, o autor enfatiza que o QI não é a única medida de inteligência e que o sucesso advém por uma combinação de habilidades, incluindo criatividade, trabalho árduo e perseverança.
Mas construir carreiras de sucesso e chegar a altos patamares está também ligado com a habilidade de fazer boas escolhas. Um outro estudo já realizado na década de 1950 levou a algumas conclusões interessantes e que tiveram um impacto duradouro no campo da psicologia vocacional.
Avaliando individualmente
Anne Roe foi uma psicóloga que conduziu um estudo famoso em 1952, no qual entrevistou 64 dos melhores cientistas dos Estados Unidos, incluindo vencedores do Prêmio Nobel, a fim de identificar os fatores que influenciaram suas escolhas de carreira e sucesso.
Com base em suas entrevistas, Roe desenvolveu uma teoria de que os indivíduos escolhem carreiras com base em suas próprias personalidades e nas experiências que tiveram ao longo de suas vidas. Ela classificou os cientistas que entrevistou em seis campos de carreira com base em seus interesses, valores e habilidades, e observou que cada campo tinha seu próprio conjunto único de características.
O estudo de Roe também revelou algumas diferenças interessantes entre os três tipos de cientistas que ela entrevistou (biólogos, físicos e cientistas sociais). Por exemplo, ela descobriu que os biólogos tendiam a ser mais interessados em ajudar os outros e tinham um desejo mais forte de interação social do que os físicos, que tendiam a ser mais solitários e interessados em ideias abstratas.
Sobre o autor
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society.