Vestígio de tecido mole é identificado em fóssil de dinossauro
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Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, em colaboração com a Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, nos Estados Unidos, descreveu uma descoberta que pode ser um divisor de águas no mundo da Paleontologia: fragmentos de colágeno de dinossauro ainda preservados em um fóssil.
Para o estudo, publicado no periódico científico Analytical Chemistry, os cientistas utilizaram de técnicas avançadas de espectrometria de massa, que determinou a existência do tecido mole no fóssil. Essa descoberta refuta a hipótese anterior de que aquele fóssil de Edmontosaurus teria sido contaminado com o tempo por algum tipo de matéria orgânica semelhante ao colágeno.
O que se sabe sobre o dinossauro em questão é que ele viveu durante a Era Mesozoica, há mais de 65 milhões de anos. Por isso, ainda é um mistério como o colágeno se manteve preservado, e estudos posteriores podem solucionar essa questão.
Segundo a Revista Galileu, a pesquisa reuniu cientistas de diferentes áreas, que atuaram desde análises de espectrometria de massa, realizadas na UCLA, até profissionais de inovação de materiais e proteômica, para chegar aos resultados, em Liverpool.
Futuros estudos
Com a descoberta, pesquisadores acreditam que uma nova margem para a revisão de estudos anteriores é aberta. Um dos cientistas envolvidos na descoberta recente, Steve Taylor, afirmou em comunicado que o estudo sugere que ossos fossilizados já conhecidos devem ser revisitados e reanalisados.
"Essas imagens podem ter fragmentos intactos de colágeno ósseo", disse Taylor em comunicado. "Isso poderia trazer novos insights sobre os dinossauros — por exemplo, revelando conexões ainda desconhecidas entre espécies de dinossauros".
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