App de relacionamento bloqueia funções para garantir proteção de atletas na Vila Olímpica de Paris
ICARO Media Group TITAN
Quando os atletas chegaram à Vila Olímpica em Paris nesta semana, surgiu uma polêmica em torno do aplicativo de relacionamento Grindr. Usuários relataram que algumas das funções do app, voltado para a comunidade LGBTQIA+, estavam bloqueadas nos arredores do alojamento dos atletas.
O Grindr confirmou a medida e explicou que tomaram essa decisão para garantir a privacidade e proteção dos atletas durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Em 2016, durante os Jogos do Rio, um jornalista britânico usou o aplicativo para expor atletas, gerando grande repercussão.
Para evitar situações semelhantes, o Grindr desabilitou recursos baseados em localização dentro da Vila Olímpica e em outros locais esportivos. A função "Explorar", que permite aos usuários ver quem está próximo através de um mapa, e a opção "Roaming" estão indisponíveis nas proximidades dos atletas.
Além disso, por padrão, a opção "mostrar distância" também está desativada. No entanto, os usuários têm a opção de compartilhar sua distância aproximada.
O aplicativo reforçou que a preocupação com a privacidade dos atletas é legítima e afirmou que a medida visa permitir que os atletas LGBTQIA+ possam se conectar uns com os outros, sem se preocupar com curiosos ou atenção indesejada.
O Grindr também informou que os usuários terão mais controles de privacidade, embora não tenham especificado quais são esses controles.
Essa é a primeira vez que o Grindr toma essa atitude em um evento esportivo, mas já anunciaram que irão repetir a medida durante os próximos Jogos Olímpicos de Inverno.