Estudo americano aponta que geração Z prefere trabalhar em saúde

Uma pesquisa recente feita pela National Society of High School Scholars revelou que a geração Z, composta por jovens nascidos entre 1997 e 2012, busca trabalhar em hospitais e organizações de saúde como suas principais opções de emprego. Os responsáveis pelo estudo entrevistaram mais de 10 mil jovens e apontou que eles priorizam valores como cuidados com a saúde, bem-estar e desenvolvimento profissional.

Segundo os dados levantados, além dos benefícios de saúde, que foram apontados como a prioridade número um por 72% dos entrevistados, a geração Z também valoriza seus momentos pessoais, o tempo livre e horários de trabalho flexíveis. A pesquisa revelou que 63% dos participantes consideram esses fatores importantes em um emprego. A busca por oportunidades de desenvolvimento profissional também foi destacada, com 86% dos entrevistados valorizando essa questão, assim como a existência de caminhos claros para promoção, apontados por 44% dos jovens.

É importante ressaltar que esses valores podem ou não estar presentes em grandes empresas de tecnologia, o que demanda atenção por parte dos empregadores que desejam contratar a geração Z. Curiosamente, a pesquisa mostrou que o interesse por profissões na área da saúde permanece alto, enquanto o setor de tecnologia sofre uma queda em relação às preferências desses jovens. Empresas como o Hospital Infantil St. Jude e a Mayo Clinic lideram a lista dos empregadores mais desejados, enquanto gigantes da tecnologia como o Google e a Amazon perdem posições.

A pandemia de Covid-19 também parece ter influenciado as preferências e intenções profissionais dos jovens. Cuidados com a saúde e questões relacionadas ao bem-estar foram apontados como as questões mais importantes para 32% dos entrevistados em relação à carreira. Além disso, a pesquisa revelou uma visão pessimista em relação ao impacto geral da IA (Inteligência Artificial), pois apenas 41% dos participantes disseram acreditar que a tecnologia terá impacto mais positivo do que negativo na sociedade na próxima década.

As oportunidades na área de saúde continuam fortes, com estimativas da OMS apontando uma escassez de 10 milhões de profissionais de medicina em todo o mundo até 2030. Nos Estados Unidos, os centros hospitalares enfrentam uma perda de cerca de 94 mil funcionários desde fevereiro de 2020, o que incluiu uma queda de mais de 8 mil entre agosto e setembro de 2021, de acordo com a Associação Americana de Hospitais. Essa redução pode estar relacionada não apenas à pandemia, mas também à baixa satisfação no trabalho e ao burnout.

Apesar dos desafios, o campo da saúde continua sendo uma opção atraente para os jovens profissionais da geração Z, que estão em busca de empregadores que valorizem seus princípios e ofereçam oportunidades de crescimento e desenvolvimento.