Amazon pede que funcionários não compartilhem códigos com o ChatGPT
Tecmundo
Depois que alguns funcionários da Amazon começaram a usar o ChatGPT para simplificar algumas rotinas internas, como responder a questões de clientes da Amazon Web Services (AWS) e escrever cartilhas de treinamento, a gigante de Seattle resolveu intervir. De acordo com o Insider, um advogado da companhia foi ao Slack pedir às equipes que não compartilhem códigos internos com o chatbot de IA.
Capturas de tela do aplicativo de mensagens instantâneas revelam que o representante da empresa solicita que os funcionários não compartilhem “nenhuma informação confidencial da Amazon”, o que inclui o código interno em que estejam trabalhando, com o ChatGPT da OpenAI.
Fonte: Shutterstock/Reprodução.
O aviso foi feito depois que o advogado testemunhou casos em que algumas respostas do ChatGPT mimetizaram fielmente materiais internos da Amazon. “Isso é importante porque suas entradas podem ser usadas como dados de treinamento para uma nova iteração do ChatGPT, e não queremos que sua saída inclua ou se pareça com nossas informações confidenciais", alertou o representante.
Provavelmente, as preocupações da empresa têm fundamento. Uma matéria publicada quinta-feira (26) no Insider mostrou como um engenheiro da Amazon submeteu o ChatGPT a uma entrevista de emprego na companhia. De acordo com a publicação, a IA não só respondeu corretamente a todas as questões , como também fez sugestões para melhorias de alguns códigos.
As respostas do chatbot deixaram o entrevistador boquiaberto. “Fiquei sinceramente impressionado”, escreveu ele no Slack. E concluiu: “Estou assustado e animado para ver o impacto que isso terá na maneira como conduzimos as [futuras] entrevistas de codificação”. Internamente, porém, todos reconhecem que o uso do ChatGPT aumentou em dez vezes a produtividade de alguns setores.