#AstroMiniBR: Conheça o PSR 6216, o pulsar fugitivo!
Tecmundo
O TecMundo e o #AstroMiniBR, reúnem toda semana cinco curiosidades astronômicas interessantes e divertidas, produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter , para disseminar o conhecimento da Astronomia. Veja a baixo!
Em 2019, uma equipe internacional de astrônomos usando o Karl G. Jansky Very Large Array (VLA) nos Estados Unidos descobriram um pulsar se afastando de seu suposto local de nascimento a uma velocidade impressionante de quase 1000 quilômetros por segundo, com sua trilha apontando diretamente para o centro de uma casca de detritos da explosão da supernova que o originou!
Desde então, a descoberta tem fornecendo informações importantes sobre como os pulsares (estrelas de nêutrons extremamente densas que sobraram após uma supernova) podem obter impulso a partir de uma explosão. O pulsar, batizado de PSR J0002+6216, está a cerca de 6.500 anos-luz da Terra, apresenta um rastro de partículas altamente energéticas que se estende por cerca de 13 anos-luz atrás dele.
Como ele aponta para o centro do remanescente da supernova , a medição do movimento do pulsar e permite rastrear que seu nascimento foi justamente no centro da estrutura, onde ocorreu a explosão da supernova, e que agora ele está a 53 anos-luz do centro do remanescente.
Olhe para a imagem acima. Esta visão é a visão de quase 10.000 galáxias, chamada de Hubble Ultra Deep Field. Para obtê-la o Telescópio Espacial Hubble realizou 800 exposições tiradas ao longo de 400 órbitas do Hubble ao redor da Terra, em um período total de exposição de 11,3 dias, entre 24 de setembro de 2003 e 16 de janeiro de 2004.
Esse registro inclui galáxias de várias idades, tamanhos, formas e cores. As galáxias menores e mais vermelhas, cerca de 100, estão entre algumas das mais distantes conhecidas, existindo desde quando o universo tinha apenas 800 milhões de anos. As galáxias mais próximas, as espirais e as elípticas maiores que estão mais brilhantes e bem definidas, surgiram nessa forma final há cerca de 1 bilhão de anos, quando o Cosmos tinha 13 bilhões de anos.
A região no céu onde a imagem foi tirada corresponde à uma área na constelação de Fornax e é tão pequena que é cerca de um décimo do diâmetro da Lua Cheia quando vista da Terra. Essa região foi escolhida por ser aparentemente “vazia”, uma localidade de baixa densidade de estrelas brilhantes no entorno.
Ano passado, durante seus primeiros meses de atividade, o Telescópio Espacial James Webb da NASA registrou uma das paisagens mais exuberantes e mais icônicas do Universo: os famosos Pilares da Criação .
Os pilares tridimensionais parecem formações rochosas de algum lugar exótico e belo, mas são muito mais permeáveis e ricas que isso. Essas colunas são os lugares onde novas estrelas estão se formando constantemente, compostas de gás interestelar frio e de poeira que aparecem semitransparentes na luz infravermelha próxima. Essa nova visão do James Webb é uma nova perspectiva da imagem que ficou famosa pela primeira vez quando fotografadas pelo Telescópio Espacial Hubble, também da NASA, em 1995.
Essa imagem tem ajudado os pesquisadores a reformular seus modelos de formação de estrelas, identificando contagens muito mais precisas de estrelas recém-formadas, juntamente com as quantidades de gás e poeira na região. Com o tempo, eles começarão a construir uma compreensão mais clara de como as estrelas se formam e saem dessas nuvens de poeira ao longo de milhões de anos.
Como é possível saber a composição química de um corpo celeste se nunca fomos lá? O desenvolvimento científico que levou a humanidade a entender a resposta para essa pergunta é um dos capítulos mais espetaculares da história da ciência moderna. O método mais comum que os astrônomos usam para determinar a composição de estrelas, planetas e outros objetos é a espectroscopia, o estudo da interação entre a radiação eletromagnética e a matéria.
Atualmente, técnicas modernas utilizam instrumentos com filtros que espalham a luz de um objeto de acordo com seu comprimento de onda, produzindo como resultado o que é chamado de espectro. Cada elemento e combinação de elementos químicos tem uma impressão digital única que os astrônomos podem procurar no espectro de um determinado objeto. Assim, identificar essas impressões digitais permite aos pesquisadores determinar o que constitui cada objeto.
Netuno, localizado 30 vezes mais longe do Sol do que a Terra, é um planeta gasoso que orbita a região remota e escura do Sistema Solar externo. Nessa distância extrema, o Sol é tão pequeno e fraco que o meio-dia em Netuno é semelhante a um crepúsculo fraco na Terra.
Nessa nova imagem feita pelo James Webb a familiar coloração azul de Netuno dá lugar a uma luz clara e brilhante . Isso é devido ao fato de que, ao ser observado na faixa da luz visível, a emissão de pequenas quantidades de metano gasoso ocorre justamente nos comprimentos de onda do azul. Porém, como o James Webb observa o Universo através do infravermelho, suas nuvens de metano se apresentam como regiões brilhantes e luminosas.