#AstroMiniBR: um cometa se aproxima!
Tecmundo
Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
Ontem a sonda Juno capturou a superfície complexa e coberta de gelo de Europa, lua de Júpiter!
Na aproximação mais próxima, a espaçonave chegou a uma distância de cerca de 352 quilômetros.#AstroMiniBR pic.twitter.com/W6Qqua6Yj2
A NASA divulgou as imagens da superfície congelada de uma das maiores luas de Júpiter, Europa, durante um sobrevoo próximo da sonda Juno no dia 29 de setembro. A sonda, que foi lançada pela NASA em 2011, só chegou à órbita de Júpiter 5 anos mais tarde, em 2016. Desde então, tem feito observações e coletado centenas de dados do maior planeta do Sistema Solar para que os astrônomos possam entender melhor a formação e a evolução do planeta, bem como a dinâmica com seus satélites naturais.
Na última semana, observações da passagem da espaçonave por Europa, a sexta maior lua do Sistema Solar, forneceram as primeiras fotografias com esse nível de detalhes em duas décadas, resultando em imagens notáveis capazes de trazer análises importantes. A sonda orbitou a lua a uma distância média de apenas 352 quilômetros, altitude baixa o suficiente para realizar essa empreitada.
A imagem acima apresenta a superfície ao norte do equador de Europa com suas características e traços congelados. Devido ao contraste aprimorado entre luz e sombra visto ao longo do limite entre dia e noite, as características do terreno acidentado ficam facilmente visíveis, incluindo morros e blocos altos que projetam longas faixas de sombra, enquanto as cristas e vales claros e escuros se curvam pela superfície.
Nova imagem do @NASAWebb combinada com observações do Hubble
Vemos o par de galáxias VV191 e meu detalhe favorito: um arco vermelho acima da galáxia elíptica a esquerda. Esse arco é uma galáxia distante que teve sua luz deformada pelo efeito de lente gravitacional#AstrominiBR pic.twitter.com/qT7OooDaAE
Se individualmente o poder de observação dos telescópios espaciais Hubble (HST) e James Webb (JWST) são fantásticos, imagina só a combinação dos dois?! Nesta semana, uma equipe de astrônomos divulgou os resultados preliminares de um estudo que combinou as observações de um par de galáxias observadas por ambos os telescópios para estudar a poeira no espaço interestelar.
O par de galáxias em questão, mostrado acima, chama-se VV 191 e é composta por uma galáxia elíptica branca e brilhante, à esquerda, e uma galáxia espiral sinuosa, à direita. Os novos dados do JWST permitiram aos astrônomos rastrear a luz que foi emitida pela galáxia elíptica através da galáxia espiral para identificar os efeitos da poeira interestelar na galáxia espiral. Os dados obtidos no infravermelho próximo do JWST também apresentam os braços espirais mais longos e extremamente empoeirados dessa galáxia com um nível de detalhes sem precedentes, dando a eles uma aparência de sobreposição com a protuberância central da galáxia elíptica branca brilhante à esquerda, embora o par não esteja interagindo gravitacionalmente.
A gente não se cansa de sonhar... basta um cometa prometer ficar um pouco mais brilhante e a gente já acredita! Cometa C/2022 E3 (ZTF) é a atual promessa para janeiro. Nessa nossa imagem ele ainda está com mag. 13, bem longe do limite de visibilidade a olho nu. #AstroMiniBR pic.twitter.com/LX0ldqsKu9
Segundo o Minor Planet Center, organização astronômica responsável por realizar astrometria de corpos menores no Sistema Solar, como cometas e asteroides, um cometa está se aproximando da Terra e deverá ser visível a olho nu no início do ano que vem, em janeiro de 2023.
O corpo designado de C/2022 E3 (ZTF) é um cometa de longo período que foi descoberto em março deste ano. Logo após sua descoberta, o cometa tinha uma magnitude aparente de 17,3 e encontrava-se a cerca de 640 milhões de km do Sol. Inicialmente identificado como um asteroide, observações posteriores logo revelaram que o objeto tinha um coma muito condensado, indicando que é, de fato, um cometa.
Para sorte dos astrônomos amadores e profissionais, o cometa atingirá seu periélio no dia 12 de janeiro de 2023 e se aproximará da Terra até o dia 2 de fevereiro, quando espera-se que o cometa fique mais brilhante do que magnitude 6 e se torne visível a olho nu.
? QUINTETO DE STEPHEN
Tem nome de concerto musical, mas na verdade é um grupo visual de 5 galáxias na constelação de Pégaso.
Essa imagem do James Webb é a mais detalhada do Quinteto, e revelou informações sobre formação estelar, gás e jatos expelidos nessa região.#AstroMiniBR pic.twitter.com/D6cC1ixiBc
A belíssima imagem acima apresenta o chamado Quinteto de Stephan, um famoso agrupamento de cinco galáxias observado pelo telescópio espacial James Webb da NASA.
As novas observações do Webb deste quinteto têm fornecido novos indícios sobre como as interações galácticas podem ter impulsionado a evolução das galáxias no início do universo, quando os primeiros sistemas estavam ainda em formação. Na imagem é possível ver aglomerados cintilantes de milhões de estrelas jovens e vastas regiões de formação estelar, circundadas por camadas espessas de poeira e gás.
Bate e assopra.
Ontem a nave DART bateu em Dimorphos que orbita o asteroide Didymos.
A missão Hera já está em desenvolvimento para verificar, pessoalmente, os efeitos do impacto da DART no asteroide!
Espero que Dimorphos não seja rancoroso :)#AstroMiniBR pic.twitter.com/3y2JsRSvIN
Há cerca de duas semanas, a NASA chocou uma sonda, chamada DART, contra o pequeno asteroide Dimorphos de cerca de 170 metros de largura e distante cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra. Essa foi a primeira missão espacial da história cujo objetivo foi testar uma manobra de defesa planetária para defletir e desviar asteroides e outros corpos que porventura estivessem em rota de colisão com a Terra.
A missão, bem sucedida, em breve ganhará um novo capítulo: a sonda Hera, uma espécie de espaçonave-detetive, irá verificar com maior precisão quais foram os impactos causados pela colisão da sonda DART com o pequeno asteroide.