Bill Gates sobre IA e ChatGPT: o maior avanço tecnológico em décadas
Tecmundo
Cofundador da Microsoft, Bill Gates afirmou que a inteligência artificial é o maior avanço tecnológico que presenciou em décadas. O executivo comparou as IAs com a criação do computador pessoal em uma publicação no blog Gates Notes, na última terça-feira (21).
“Isso [a inteligência artificial] mudará a maneira como as pessoas trabalham, aprendem, viajam, obtêm assistência médica e se comunicam entre si”, disse o bilionário ao comentar sobre o ChatGPT da OpenAI.
Gates já desafiou o ChatGPT a gabaritar uma prova avançada de biologia.
Em contato com a OpenAI desde 2016, Gates disse ter desafiado a equipe a treinar a IA para passar em um exame avançado de Biologia. Contudo, uma regra estrita impedia que o embrião do ChatGPT fosse treinado apenas para responder questões sobre o assunto.
Meses depois, o chatbot obteve uma pontuação quase perfeita ao errar apenas uma das 50 questões do teste. Então, o bilionário pediu para a plataforma escrever uma carta a um pai com um filho doente.
“Ele escreveu uma resposta tão ponderada que provavelmente foi melhor do que a maioria das pessoas naquela sala poderia ter feito. Eu sabia que tinha acabado de ver o avanço mais importante da tecnologia”, comentou Gates.
O executivo diz que a IA será uma evolução semelhante às interfaces gráficas para usuários de computadores nos anos 80. Fundamental nos sistemas Windows e MacOS, o recurso substituiu os comandos digitados por imagens e ícones para interagir com o PC.
Para Gates, as IAs podem ajudar a área médica em países mais pobres.
Durante o artigo, Bill Gates menciona que a IA poderá ser usada para salvar vidas. Principalmente, se a tecnologia for usada para melhorar a área da saúde em países mais pobres.
“As melhorias impulsionadas pela IA serão especialmente importantes para países pobres, em que muitas pessoas nunca conseguem consultar um médico. As IAs podem ajudar os profissionais da saúde a serem mais produtivos”, explicou o executivo.
Contudo, Gates diz estar ciente que as empresas não produzem produtos e serviços que ajudem os necessitados. Por isso, é essencial ter financiamentos confiáveis e políticas corretas para que a tecnologia seja usada para reduzir a desigualdade.