Desenvolver a mobilidade elétrica sobre duas rodas pode acelerar a transição energética no Brasil
Tecmundo
Por Billy Blaustein e Jack Sarvary
Em pouco mais de uma década, os veículos elétricos se espalharam pelas cidades mundo afora. Grande parte deles são carros de luxo ou SUVs, com preços proibitivos para a grande maioria da população. Mas logo ali, do outro lado do mundo, alguns países orientais têm vivido uma revolução tão potente quanto silenciosa: a dos veículos elétricos de duas e três rodas .
Mais eficientes que os carros elétricos tanto no uso dos recursos naturais quanto no impacto no trânsito das cidades, as motos elétricas são menores, com baterias modulares e mais leves, que demandam menos minerais para serem produzidas e menos tempo para serem recarregadas.
Há uma década, os países que hoje lideram essa revolução sobre duas rodas também enfrentaram esses mesmos problemas. Mas os contornaram investindo em subsídios que se provaram cruciais para impulsionar o desenvolvimento de indústrias nacionais fortes e dar mais competitividade às motos elétricas. Em troca, esses países hoje têm um trânsito bem menos atravancado, menos poluente e mais produtivo para os seus motociclistas.
As experiências internacionais, especialmente na Ásia, provam que desenvolver um ecossistema de mobilidade elétrica de grande impacto social e econômico pode ser também o grande motor da descarbonização da economia, contribuindo para o Brasil atingir suas metas de redução das emissões de carbono. Esse processo exige investimentos em inovação, vontade política e, principalmente, uma mudança cultural e comportamental, com deslocamentos menores e sobre veículos mais sustentáveis.
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Billy Blaustein e Jack Sarvary são co-fundadores da Vammo, startup que oferece planos de assinatura de motos elétricas para entregadores.