Digitalização das empresas: precisamos falar sobre segurança de dados
Tecmundo
Novos modelos de trabalho (home-office/híbrido), processos seletivos feitos de forma totalmente remota e documentos armazenados em nuvens são mudanças que estão causando grandes impactos nas culturas organizacionais das empresas.
A digitalização está avançando num ritmo tão frenético, que muitos setores já conseguiram fazer totalmente a transição digital. Contudo, no mesmo ritmo crescem também os ataques cibernéticos, e a segurança de dados deve ser um tema prioritário numa sociedade hiperconectada.
Para um panorama mais claro sobre o que está acontecendo, somente no segundo trimestre de 2022, no Brasil, 25 contas foram violadas por minuto, segundo dados da Surfshark – empresa holandesa de segurança cibernética. O país ainda sofreu entre 1º de janeiro e 3 de agosto de 2021 mais de 439.000 ataques cibernéticos, 7,1% de um total de 6,4 milhões realizados em todo o mundo e assumiu a segunda posição entre os maiores alvos globalmente, atrás apenas dos Estados Unidos, que lidera o ranking com mais de 1,33 milhão (21,7%), segundo relatório da Netscout.
É necessário manter a atenção voltada à segurança de dados nas empresas conforme a digitalização se expande.
Infelizmente, muitas das vezes, gestores e diretores de empresas focam seus esforços e orçamentos em outros segmentos que julgam prioritários e, com isso, deixam de investir em um sistema adequado e em ferramentas eficientes de segurança de dados . Para evitar danos a médio e longo prazo, é importante contar com ferramentas de segurança adequadas para cada uma das áreas e, em alguns casos, até mesmo processos judiciais dentro das companhias, com o vazamento indevido de dados.
O que muitas empresas esquecem é que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) , está em vigor desde setembro de 2021, contudo, não é aplicada no dia a dia.
Uma pesquisa de Privacidade e Proteção de Dados realizada pelo Grupo DARYUS, referência em consultoria e educação em gestão de riscos, cibersegurança, proteção de dados e segurança da informação, apresentou que 80% das empresas no Brasil ainda não estão completamente adequadas à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Já 35% dos entrevistados disseram que suas empresas estão parcialmente adequadas, enquanto outros 24% apontaram que estão na fase inicial de adequação.
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*Marcelo Araújo é Diretor Comercial na Ebox Gestão e Proteção da Informação S.A. Tem mais de 25 anos de experiência na área comercial com foco em vendas de produtos de tecnologia e serviços, executivo com atuação em clientes de médio e grande porte, destacando vivência em empresas de software, BPO, gestão eletrônica de documentos , ECM e BPM.