Home
Tecnologia
Era do Gelo de Marte pode ter acabado radicalmente há 400 mil anos
Tecnologia

Era do Gelo de Marte pode ter acabado radicalmente há 400 mil anos

publisherLogo
Tecmundo
15/07/2023 17h00
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/15661594/original/open-uri20230715-18-sgn28m?1689451494
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

De acordo com um estudo publicado na revista científica Nature, o rover chinês Zhurong Mars coletou dados de dunas de areia na superfície de Marte e descobriu que a Era do Gelo marciana acabou de forma extrema há cerca de 400 mil anos. A pesquisa foi realizada em uma região com 3.300 km de diâmetro e conhecida como Utopia Planitia, considerada a maior bacia de impacto do Sistema Solar.

Além dos dados do rover da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), o estudo utilizou observações de alta resolução do orbitador chinês Tianwen-1 Mars. A pesquisa aponta que as dunas foram erodidas ao longo de milhares de anos e formaram materiais nomeados de cristas eólicas transversais (TARs).

Até então, os pesquisadores não haviam compreendido como essas cristas, observadas nas latitudes médias mais baixas do planeta, se formaram.  Felizmente, o novo estudo oferece um pouco mais de clareza para essa questão: os TARs começaram a se formar entre 2,1 milhões de anos e 400 mil anos atrás. Após esse período, cristas escuras começaram a surgir.

A imagem acima mostra as dunas de areia do planeta vermelho; segundo o estudo, as mudanças de ângulo de rotação de Marte variaram entre 15 graus e 35 graus, causando as mudanças climáticas.A imagem acima mostra as dunas de areia do planeta vermelho; segundo o estudo, as mudanças de ângulo de rotação de Marte variaram entre 15 graus e 35 graus, causando as mudanças climáticas.

A pesquisa foi realizada em uma colaboração internacional de equipes dos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências (NAOC), do Instituto de Geologia e Geofísica e do Instituto de Pesquisa do Planalto Tibetano da Academia Chinesa de Ciências (CAS); em colaboração com pesquisadores da Brown University, nos Estados Unidos.

A estimativa da data de formação dos TARs foi realizada com base no número de crateras nos topos das dunas. Apesar disso, segundo os cientistas, o mais impressionante é que as datas coincidem com os registros do início e do fim da última era glacial que aconteceu em Marte.

A pesquisa sugere que a era glacial acabou após uma mudança extrema no ângulo de rotação de Marte, causando a formação das cristas escuras depois da alteração na direção dos ventos nas latitudes médias mais baixas. Atualmente, o planeta está passando por uma era geológica conhecida como 'clima amazônico'.

"Entender o clima amazônico é essencial para explicar a atual paisagem marciana, os reservatórios de matéria volátil e o estado atmosférico, e relacionar essas observações atuais e processos ativos com modelos do clima antigo de Marte. Observações do clima atual de Marte podem ajudar a refinar modelos físicos do clima marciano e evolução da paisagem, e até mesmo formar novos paradigmas", disse o associado do (NAOC) e principal investigador do estudo, Li Chunlai.

Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com os seus amigos.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também