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Éris: estrutura do planeta anão pode ser mais ‘mole’ do que cientistas imaginavam
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Éris: estrutura do planeta anão pode ser mais ‘mole’ do que cientistas imaginavam

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Tecmundo
06/12/2023 17h00
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Após se interessar pela reclassificação de Plutão como um planeta anão , Francis Nimmo, professor de ciências planetárias da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, começou a se interessar por outro planeta semelhante, chamado Éris. O corpo celeste foi descoberto em 2005, quando os astrônomos detectaram o objeto cósmico no Cinturão de Kuiper; recentemente, o planeta anão se tornou objeto de um novo estudo publicado na revista científica Science Advances.

De acordo com informações do artigo, há alguns meses, o professor percebeu que alguns novos dados não publicados sobre Éris poderiam revelar mais informações sobre a propriedades do corpo celeste. Em parceria com Michael Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), Nimmo começou a estudar mais sobre a estrutura interna do planeta e descobriu que Éris pode ser mais 'mole' do que esperado.

O planeta anão Éris é o segundo maior planeta anão do Sistema Solar e está significativamente distante da Terra; a ilustração apresenta o núcleo rochoso e gelado do objeto.O planeta anão Éris é o segundo maior planeta anão do Sistema Solar e está significativamente distante da Terra; a ilustração apresenta o núcleo rochoso e gelado do objeto.

O artigo descreve que Éris e sua lua, Dismonia, estão voltadas uma para a outra. Suas características orbitais auxiliaram no entendimento sobre as estruturas internas de ambos os objetos cósmicos. Assim, os cientistas descobriram que o planeta anão é inesperadamente dissipativo devido à interação com Disnomia.; em outras palavras, ele possui uma estrutura mais 'mole' do que imaginavam.

"Isso acontece porque o grande planeta é desacelerado pelas marés que a pequena lua provoca nele. Quanto maior a lua, mais rápido o planeta desacelera . Então, assim que você entende isso, pode começar a fazer cálculos reais", Nimmo explicou em um comunicado oficial da Universidade da Califórnia em Santa Cruz.

Os resultados das observações apontam que Éris tem uma camada de gelo em convecção ao redor de um núcleo rochoso; o que acontece é que os elementos radioativos de alta temperatura desse núcleo escapam das rochas e 'descongelam' o gelo, causando a convecção. Por isso, o núcleo do planeta anão pode ser mais 'mole' que duro — em uma comparação mais simples, os cientistas explicam que o corpo celeste se comporta mais como um 'queijo macio' do que como um objeto rígido.

De qualquer forma, os pesquisadores explicam que precisam analisar mais dados para verificar se a informação do novo estudo está realmente correta. Eles também buscam compreender mais detalhes da estrutura de Disnomia, pois os dados podem sugerir que Éris é ainda mais 'mole'.

"Fazemos o ponto de que Éris deve ser bastante liso, porque se houver alguma topografia na superfície, o gelo vai fluir e essa topografia desaparecerá. Seria bom obter algumas medidas da forma de Éris, porque se for muito irregular, isso não concordaria com nosso modelo”, acrescenta Nimmo.

Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de outras curiosidades da astronomia aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para descobrir como o Telescópio James Webb confirmou a existência de 3 novas divindades no céu.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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