Inovações que apoiam pessoas com transtorno de espectro autista

No dia 02 de abril comemoramos o Dia Mundial da Conscientização do Autismo.  Essa data tem como intuito trazer luz e consciência sobre o tema para a população e os governantes, a fim de quebrar estereótipos e construir inclusão.

A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 2007, impulsionando campanhas e disseminando conhecimento em relação a problemas diários enfrentados por pessoas com autismo, que na maioria das vezes são estigmatizadas, ao invés de abraçadas por suas necessidades ; posturas que desconsideram e passam por cima das suas reais capacidades.

Antes de conversar sobre como a tecnologia tem sido benéfica para o desenvolvimento desse público, é importante esclarecer a quem não sabe que Transtorno Espectro Autista (TEA) é uma condição que interfere no desenvolvimento neurológico da pessoa, alterando a forma com que percebem seus pensamentos, emoções e sentimentos, além de comprometer a forma como a pessoa com autismo se comunica e interage socialmente.

O TEA não se manifesta da mesma maneira nos indivíduos, sendo entendido a predominância do espectro em cada pessoa. Havendo, assim, variações em relação ao nível de suporte necessário da pessoa autista, podendo ser nível de 1, 2 ou 3.

Você talvez se lembre de já ter visto em filme ou na tv alguém com eletrodos sobre o couro cabeludo. Pois bem, o EEG também é utilizado nas pessoas com autismo para detectar o subtipo de autismo e a partir disso, oferecer a terapia mais adequada. Olhando o resultado do exame com os olhos humanos, não é possível visualizar os padrões de comportamentos, mas os softwares se encarregam de interpretar os dados de forma rápida e precisa.

Vale salientar que cientificamente o diagnóstico é atribuído clinicamente a pessoa neurodivergente, ou seja, a pessoa que tem o desenvolvimento neurológico, ou determinados aspectos do seu processo neurológico, atípicos.

Além disso, muito comum entre as necessidades apresentadas pelo Transtorno Espectro Autista (TEA), está a fragilidade no desenvolvimento da fala, e por isso comunicação aumentativa e alternativa busca formas de aprimorar essa habilidade através por exemplo de pranchas de comunicação alternativa, ou até mesmo a troca de figuras para comunicar o que se deseja, ou seja, a palavra acompanhada da imagem, que é o uso do PECS (Picture Exchange Communication System).

É claro que o trabalho da tecnologia não para por aí . Pensando ainda em formas de otimizar sistemas ou produtos para esse público e contribuir para que as pessoas com autismo sejam respeitadas dentro de suas necessidades, usa-se o que chamamos de tecnologia assistiva, sendo um conceito democrático que enlaça a tecnologia e o autismo. Até aqui se fez uma longa caminhada e pudemos entender sobre algumas conquistas que incluem e ajudam as pessoas autistas a conquistarem sua melhor versão.

No entanto, a jornada é longa e a grande celebração acontecerá quando de fato está pauta estiver presente nas discussões sem pretensão de holofotes ou resposta à pressão social. Enquanto isso, que cada um de nós, enquanto indivíduo e organizações, possamos dia a dia nos conscientizar e alinhar nossas práticas .

Nós da Intel, dentro e fora do nosso ramo de atuação, estamos empenhados em nosso propósito: criar tecnologia significativa que mude o mundo e melhore a vida das pessoas no planeta. Sinta-se à vontade para se unir a nós!