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Lente experimental faz leitura dos olhos para detectar Alzheimer
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Lente experimental faz leitura dos olhos para detectar Alzheimer

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Tecmundo
19/01/2023 17h00
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Cientistas sul-coreanos desenvolveram uma lente intraocular que pode ser inserida no olho para detectar sinais de Alzheimer. Em um estudo publicado na revista científica Bioactive Materials, pesquisadores do Korea Institute of Machinery and Materials (KIMM) apontam que o implante ocular pode ajudar no diagnóstico precoce do transtorno neurodegenerativo.

Desenvolvida em parceria com a Universidade Yonsei e do Gangnam Severance Hospital, a lente intraocular pode ajudar a descobrir o Alzheimer nos estágios iniciais. Como o olho está diretamente conectado ao cérebro, eles focaram em encontrar formas de detectar a degeneração de uma forma não muito invasiva — por isso, o implante foi desenvolvido com hidrogel, uma substância que tem a água como o principal elemento.

A lente emite sinais em um padrão moiré para detectar as alterações no hidrogel, que, neste caso, estão ligadas ao Alzheimer — o padrão moiré, caracterizado pela repetição regular, oferece uma sensibilidade maior que outros métodos de detecção de mudanças no hidrogel.

O padrão do hidrogel reagirá ao biomarcador alvo, relacionado ao Alzheimer, e se contrairá. Assim, o sensor detectará as alterações usando o padrão moiré.O padrão do hidrogel reagirá ao biomarcador alvo, relacionado ao Alzheimer, e se contrairá. Assim, o sensor detectará as alterações usando o padrão moiré.

“Os hidrogéis biorresponsivos são materiais inteligentes que respondem a vários estímulos externos e exibem grande potencial como biossensores devido à sua capacidade de detecção em tempo real e sem marcação. Aqui, propomos uma plataforma de detecção baseada em hidrogéis biorresponsivos, empregando o conceito de padrões moiré”, foi publicado no estudo.

Biossensor detector de Alzheimer

Após detectar as alterações no hidrogel por meio de um sinal baseado nos padrões moiré, os cientistas conseguiram analisar os dados por meio de processamento de sinal e de um tipo personalizado de 'microscopia moiré' — eles também realizaram os testes em proteínas específicas.

Os novos biossensores oculares não precisam usar rótulos eletroquímicos, fluorescentes e nenhum tipo de energia externa — justamente por isso, eles podem ser implantados dentro do corpo humano. Os cientistas afirmam que, futuramente, o avanço dessa tecnologia pode ajudar a diagnosticar diversas outras doenças neurológicas.

Outro ponto do desenvolvimento é a redução de custos para o diagnóstico do Alzheimer. Por isso, os pesquisadores do KIMM afirmam que continuarão a promover mais pesquisas para ajudar a disponibilizar o uso comercial da tecnologia.

"As alterações nos sinais moiré causadas por proteínas-alvo foram detectadas em ambientes ex-vivo usando uma lente intraocular customizada incorporando a grade de hidrogel, demonstrando a capacidade do sistema proposto em detectar vários marcadores no humor aquoso intraocular, quando implantado no olho", é descrito no estudo.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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