Onde está a confiança?
Tecmundo
Dizem que vivemos na era da comunicação. Eu discordo. Quando prestamos atenção, vemos que nossa era, na verdade, é dos canais de comunicação. Estão por todo lado, desde o momento em que acordamos e pegamos o celular para ver as redes sociais até ao andar na rua e dar de cara com painéis digitais exibindo notícias ou propagandas.
Veja bem, esse não é um cenário sem saída. O relatório Edelman deixou claro que há, ainda, uma instituição que inspira confiança na maioria das pessoas, e são os negócios. Sim, 62% dos participantes da pesquisa confiam nas empresas, principalmente naquelas em que trabalham, o que indica uma relação mais firme entre colaboradores e companhias do que se esperava.
Portanto, as marcas podem e devem tomar essa oportunidade para trabalhar a confiança e aprimorar o modo como nos comunicamos. Para tanto, é preciso focar na capacidade do argumento, da razoabilidade e de uma análise contundente dos fatos.
Não que as demais instituições não devam se comprometer. Certamente precisamos de uma mudança geral para que possamos confiar novamente. Mas não adianta esperarmos que um setor da sociedade tome as rédeas: podemos, nós mesmos, trabalhar a comunicação verdadeira e confiável dentro dos nossos ambientes. Se é nos negócios, que seja. No jornalismo, no governo, no terceiro setor — cada um precisa fazer a sua parte.
Caso contrário, ficaremos presos em um ciclo de incompreensão onde a argumentação não tem vez. E essa é a maior perda que a comunicação poderia sofrer.