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Os jogos de luta estão acabando? 2023 pode definir o futuro de gênero
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Os jogos de luta estão acabando? 2023 pode definir o futuro de gênero

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Tecmundo
04/03/2023 15h00
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Segundo o maior dicionário do mundo, o Google, nicho de mercado é “uma parcela do mercado que é pouco ou nada atendida”, ou seja, algo que está de lado, a margem do resto do segmento, seja por esquecimento ou desconhecimento. Os jogos de luta são um nicho? Se você respondeu que sim, você está completamente errado.

Imagine que você é um jovem nos anos 90. Você está conversando com seu amigo enquanto seguem em direção aquele fliperama de sempre. A intenção é jogar uma fichas usando aquele dinheiro que você pegou da sua mãe quando disse que ia comprar alguma coisa para ela no mercado e disse o preço errado só para ficar com algum valor para si. Só que antes vocês decidem aproveitar a oportunidade e passar naquela banca de jornal que você conhece para ver as últimas novidades dos games. Ali entre uma Ação Games, uma Super Game Power, uma Ultra Jovem ou uma revista Herói, você vê uma capa que te chama atenção com algum personagem em destaque e uma manchete sobre as novidades que vão sair naquele ano. Perfeito! Com isso você já tinha assunto para conversar com os amigos pela próxima semana no fliperama. Bons tempos.

Era assim que éramos informados sobre as notícias e lançamentos de games daquela época. Hoje, embora tendo internet e redes sociais, é muito mais difícil saber sobre o gênero olhando em mídias conhecidas. Que um exemplo? E se eu te dissesse que 2023 terá tantos bons anúncios e lançamentos de jogos de luta quanto em anos áureos do gênero como 1996 ou 1998? Não acredita? E se eu te dissesse que as vendas dos fighting games vem batendo recordes atrás de recordes? Você acreditaria?

Este será um dos melhores anos da história dos jogos de luta e, por consequência, é um dos melhores momento para ser fã do gênero desde sua ascensão nos anos 90. Isso acontece graças à conversão de diversos fatores que se alinharam e chegam em seu ápice justamente neste novo ano que estamos começando. Quer um exemplo? 

Você gosta de jogos de luta?Você gosta de jogos de luta?

O primeiro fator é que quando geralmente acontece uma nova geração de consoles, as empresas precisam fazer jogos para apresentar ao novo público que está sendo criado ali, lucrando e renovando a base de jogadores. A oitava geração surgiu para os jogos de luta entre 2015 e 2017 com Street Fighter V, Tekken 7, The King of Fighters XIV e os Mortal Kombat X e 11, mas porque na nona os jogos de luta estão sendo lançados com uma distância tão curta de um para o outro? A culpa é do segundo ponto. 

A pandemia de Covid-19, que aconteceu entre 2020 e 2021, simplesmente atrasou ou parou o desenvolvimento de diversos estúdios e diversos trabalhos. Foram anos bastante fracos para a indústria como um todo e os jogos de luta não ficaram de fora disso. A SNK, por exemplo, colocou toda sua equipe trabalhando em home office, algo inédito e um grande desafio para o desenvolvimento de games, causando diversos problemas no planejamento de vários estúdios. O que nós não tivemos de games antes, estamos vendo nascer agora. 

E isso nos leva ao terceiro e mais importante ponto. Muitos jogos de luta, anúncios e atualizações estão sendo feitos agora por um simples motivo: diferente da crença popular, o gênero está muito forte, crescendo e dando um bom lucro. Duvida? 

As vendas de um game de luta não se resume apenas a venda dele a preço cheio, praticamente todos tem também as famosas Deluxe Edition e Ultimate Edition, que podem chegar a quase R$500 dependendo do jogo. Além disso há também as Season Pass que inserem um pacote de novos personagens a um custo de quase um jogo novo, só que em média cada game possui de 1 a 5 temporadas, o que aumenta consideravelmente o lucro a curto, médio e longo prazo.

Não se limitando a isso, há ainda os pacotes de DLC avulso com skins, modos de jogo e diversas personalizações, com preços muitas vezes acima da média de outros gêneros. Tudo isso você pode encontrar nas novas versões dos mesmos games que são lançadas depois como novos jogos, como Mortal Kombat 11 Aftermath, Street Fighter V Arcade Edition, Ultra Street Fighter 4 e etc. O público de jogos de luta é muito fiel, pois quem é competitivo precisa ficar atualizado e quem é casual só compra a versão disponível e se diverte.

Apenas algumas das DLCs para Dead or Alive 5. O sucesso com o público resultou em DOA 6 e outros spin-offs.Apenas algumas das DLCs para Dead or Alive 5. O sucesso com o público resultou em DOA 6 e outros spin-offs.

Outra questão que aumentam os lucros são os custos de produção. Embora se tenha pouca informação a cerca do valor gasto para se fazer um jogo do estilo, é possível ter uma ideia. Skullgirls é um jogo de luta indie que em sua campanha de financiamento coletivo detalhou o custo para se manter um estúdio funcionando e a todo vapor: US$850 mil... para 16 meses.

Já Takashi Nishiyama, que já conhecemos aqui, revelou em entrevista ao canal de Yoshiki Okamoto , que seu gigantesco estúdio com trabalhos para diversas grandes empresas fazendo jogos de luta aclamados como a franquia Dragon Ball Z Budokai e Street Fighter 4, precisa de no mínimo US$1 milhão de dólares para fazer um jogo. A nível de comparação, Shadow of Tomb Raider da Square Enix custou oficialmente entre US$110 a US$135 milhões para ser produzido, como revelou a Games Industry . Um valor muito maior de produção do que o de um jogo de luta. Obviamente isso varia de projeto para projeto e com certeza devem haver games que custaram muito mais ou muito menos do que esses valores, mas essas projeções nos ajudam a entender porque investir em jogo de luta está cada vez mais interessante, pois as margens e chances de lucros são realmente muito grandes devido aos crescente engajamento do público alvo.

Então você pode pensar que isso não muda nada pois quase ninguém compra jogos de luta. É ai que você se engana.

Icônica logo de Mortal KombatIcônica logo de Mortal Kombat

Não tentando criar console war, definir quem é melhor ou algo assim, mas apenas para você entender mais facilmente o tamanho dos jogos de luta, vamos ver exemplos comparativos fáceis e rápidos. Sabe o primeiro The Last of Us? O game levou no total cinco anos e dois lançamentos, um para PlayStation 3 e outro para PlayStation 4, para bater a marca de 15 milhões de cópias vendidas, algo que a versão base de Mortal Kombat 11 fez em apenas três anos.

Outro grande exemplo disso é Resident Evil 2 Remake que foi um sucesso absoluto, se tornando um dos jogos mais vendidos da história da Capcom ao vender 10 milhões de cópias, exatamente a mesma quantidade de Tekken 7.  Kingdom Hearts 3 vendeu 6,7 milhões de unidades e se tornou o mais vendido de toda a franquia, enquanto que Sekiro: Shadows Die Twice alcançou ótimas 5 milhões de unidades distribuídas, mas nem somado os números desses dois grandes sucessos chegam na quantidade de vendas apenas de Mortal Kombat X que fez 12 milhões de unidades.

Street Fighter V vendeu cerca de 6,6 milhões de cópias, números similares ou superiores a vários games da famosa franquia Assassins Creed. Super Smash Bros Ultimate, com quase 30 milhões, supera os números de qualquer FIFA. Na verdade só 4 dos últimos 5 Smash Bros venderam 53 milhões de cópias somados, ou seja, mais do que todos os jogos da franquia God of War para todas as plataformas em que já foi lançado. 

E isso não vale apenas para jogos mais famosos do gênero. Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 4 vendeu mais de 10,7 milhões de cópias, as versões de Marvel vs Capcom 3 somam mais de 4 milhões, Dragon Ball FighterZ passou de 8 milhões, Street Fighter 4 teve um total de 9 milhões de cópias, além de vários outros jogos de franquias menores, como Pokken, Arms, My Hero One's Justice e Soul Calibur, também tiveram vendas passando da casa dos milhões, sem contar a febre Multiversus que mesmo de graça figurou por meses na lista dos maiores vendedores nos Estados Unidos graças a seus pacotes pagos, e isso apenas listando games de luta lançados pelo menos para a oitava geração.

Claro que as comparações não devem ser levadas ao pé da letra, visto que as plataformas e datas de cada game são diferentes, o que impede de ter uma comparação precisa e perfeita. A intenção é unicamente facilitar o entendimento de que os jogos de luta são um gênero forte, lucrativo e com muito mais público do que parece ter. Segundo o Statista, em uma pesquisa feita em 2018, este foi um dos gêneros mais vendidos nos Estados Unidos naquele ano.

Pesquisa do Statista em 2018Pesquisa do Statista em 2018

Adam Isgreen, que tem no currículo franquias como Age of Empires, Ori e Killer Instinct, compartilhou em uma entrevista ao canal Hold Back to Block uma lição que ele aprendeu desde os tempos que comandava a série Command and Conquer e que o guiou em toda sua carreira na indústria dos games: “algumas pessoas consomem todo conteúdo de um jogo, mas a minha experiência (...) me mostrou que 30% das pessoas jogam o multiplayer... 70% das pessoas nunca tocam no multiplayer”, hoje Adam é o diretor criativo da Xbox Game Studios.

Perceba que Adam fala de pessoas que entraram no online ao menos uma vez, ele nem está falando de rankeada, campeonatos, eventos e tudo mais, essa fatia, que é a chamada FGC (Fighting Game Community, ou Comunidade de Jogos de Luta em português) é ainda menor. Muitas pessoas só veem a FGC como os únicos consumidores de jogos de luta, mas a verdade é que o público é muito maior, ele só está em outros modos de jogo que não são os competitivos, como o modo história, e isso gera uma observação bastante interessante.

Killer Instinct de Xbox One bateu a marca de 10 milhões de jogadores e foi oficialmente considerado um sucesso pela Microsoft. Para muitos isso não quer dizer nada pelo título ser grátis, pois assim ficaria fácil bater esses números, mas você mesmo deve conhecer um monte de jogos grátis para PC, celular e consoles, mas você baixou e jogou todos? Quantos você ao menos baixou? Não importa o preço, as pessoas só jogam o que tem interesse em jogar, e 10 milhões de pessoas se interessaram em um game de luta. O mesmo vale para Brawlhalla, com mais de 80 milhões de jogadores, segundo a Ubisoft, e ao surpreendente Skullgirls Mobile, que só na loja do Android, no Google, possui mais de 10 milhões de downloads.

O fato é que há um público gigantesco que se interessa, gosta e joga jogos de luta, e muitos dos próprios jogadores não viram isso. Mas sabe quem já percebeu essa movimentação? A própria indústria dos games!

A EVO é a Copa do Mundo dos jogos de luta e palco de grandes anúncios anualmenteA EVO é a Copa do Mundo dos jogos de luta e palco de grandes anúncios anualmente

Por que a uma das maiores streamers do mundo, a Pokimane, e a própria Sony, decidiram se juntar para comprar e investir na EVO , o maior campeonato de jogos de luta do mundo? Por que a Riot e a Tencent, com todos os seus poderes e força, decidiram comprar um estúdio de game de luta e fazer um título do gênero sobre League of Legends, ao invés de mais outras coisas usando personagens de LoL? Por que na hora de decidir fazer seu crossover com todas as suas estrelas juntas, a Nickelodeon não fez um jogo de aventura, um gatcha de celular ou um MOBA?

Você pode até achar que Smash Bros não é jogo de luta, mas o fato é que ele é uma franquia que vem ajudando muito a trazer novos jogadores de todas as idades, divulgando os fighting games e ajudando sempre renovar e ampliar a quantidade de jogadores. E como estamos vendo, a tendência é ter na mídia cada vez mais títulos e conteúdos relacionados a fighting games de todos os estilos, como vimos com o já citado Multiversus da Warner. Infelizmente o gênero é pouco destacado, não tendo tanto espaço quanto jogos que venderam tanto quanto ou menos que ele.

É claro que nem tudo são rosas. Após o sucesso incrível de Street Fighter 4 diversas empresas tentaram investir no ramo e acabaram saturando o mercado em 2011 e 2012, resultando em diversos fracassos. Em 2016 havia muita esperança daquele ser o grande ano dos jogos de luta, porém 3 dos principais lançamentos, Street Fighter V, The King of Fighters XIV e Pokken Tournament, tiveram recepções mistas em suas estréias. Em 2022, alguns lançamentos bons também tiveram suporte pós-venda ruim, como problemas de performance, falta de atualizações e comunicação defasada. Entretanto essas questões parecem servir de aprendizado para o que vem para 2023, visto que não só muitos jogos de grande apelo serão lançados, como também grandes anúncios deverão ser feitos e muitas informações do ano passado devem ser concretizadas.

Começando apenas pelos anúncios e notícias, a SNK, responsável por games como The King of Fighters e Fatal Fury, está fazendo diversas mudanças no seu planejamento. A empresa busca ser uma das 10 maiores da indústria dos games em no máximo 10 anos e, para isso, já inaugurou um novo grande estúdio em Tóquio. Esse avanço foi possível graças a duas novidades. A primeira é Kenji Matsubara, novo presidente da SNK, que foi empossado em abril de 2022 e mostrou porque tem um currículo de sucesso, incluindo tirar a SEGA de momentos muito ruins, além de trabalhos de muito destaque na Oracle, Tecmo e Zynga. A segunda é a aquisição de 96% da empresa pelo Principe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, um dos homens mais ricos do mundo, e que está injetando muito dinheiro na companhia para acelerar seu crescimento. 

Com isso a SNK vem cheia de anúncios para 2023, para começar por provavelmente mais informações de Garou 2, a continuação do aclamado clássico de 1999. Há também um game em desenvolvimento, ele pode não ser um jogo de luta ou pode ser de uma franquia inédita. Não há muitas informações sobre, mas também deve ter anúncios em breve. Além disso a companhia está trabalhando na nova temporada de DLCs e novidades de KOF XV e anunciou a chegada de rollback netcode para Samurai Shodown de 2019. 

Outra empresa que deve chegar com notícias quentes esse ano é a Riot. Atualmente ela está fazendo Project L, um jogo de luta baseado no universo de Runeterra e League of Legends. Finalmente mais novidades devem ser divulgadas sobre esse projeto, incluindo novos personagens. Há quem acredite que possa acontecer a revelação do nome oficial ou talvez até um teste beta público para os jogadores experimentarem o jogo. Project L ainda está em estágios iniciais de desenvolvimento de acordo com a equipe de produção, mas temos um ano inteiro pela frente, com promessa de anúncios periódicos sobre. Então só nos resta esperar para ver o que a Riot está fazendo ao também investir nos games de luta.

2023 também deve ser o ano de descoberta do que afinal está acontecendo lá dentro da Warner e da Netherrealm. Geralmente o estúdio lança um novo jogo a cada dois anos, porém já se passaram quase 4 desde a publicação de Mortal Kombat 11 em 2019  e até então nada. Segundo publicações de Ed Boon, diretor da franquia, em seu Twitter oficial, o novo trabalho da empresa será revelado em 2023 e de acordo com as pistas deixadas por ele, deve ser Mortal Kombat 12, ainda mais depois do vazamento por parte de um executivo da Warner , que confirmou o título para esse ano.

O interessante é que a Netherrealm tradicionalmente anuncia um jogo quando ele está quase pronto e por isso o lançamento ocorre geralmente cerca de 6 meses depois da revelação ou algo similar a isso, então ainda há o risco do jogo também ser lançado em 2023 junto com outros que vamos falar em breve.

Há também Mortal Kombat: Onslaught, o RPG de celular baseado na franquia que está sendo desenvolvido em paralelo pela Netherrealm e deve ter novidades sendo anunciadas muito em breve, além do lançamento que foi inicialmente confirmado pela Warner para 2023. 

Falando nisso, outras novidades que devem chegar são personagens e informações de Multiversus da própria Warner. Com novas temporadas e o jogo ainda em beta, os desenvolvedores ainda estão trabalhando no game e buscando fazê-lo acontecer, então é possível que vejamos novos personagens e demais conteúdos para o jogo de luta de plataforma publicado pela Warner.

Skullgirls chega com o lançamento de novas personagens. Black Dahlia finalmente será lançada e pouco depois chegará a boss Marie em uma versão jogável, uma das mais pedidas e esperadas pelos fãs, para fechar a Season Pass 1 do premiado jogo. Além disso, uma webtoon está sendo publicada regularmente contando a história das lutadores de forma bastante competente e periódica.

A empresa que talvez tenha mais coisas para anunciar é com certeza uma das que mais vem crescendo no gosto dos fãs: Arc System Works. Depois de bater recordes internos ao alcançar milhões de cópias vendidas de Guilty Gear Strive, a desenvolvedora anunciou a segunda Season Pass para o jogo, a qual deve trazer muitos conteúdos e personagens novos durante todo o ano. Além disso, testes betas públicos são feitos regularmente liberando o game gratuitamente para qualquer um testar. Esses betas são para o crossplay que vem sendo implementado unindo todas as plataformas e aumentando ainda mais a base de jogadores.  

Guilty Gear Revelator e Guilty Gear REV 2 estão recebendo atualizações gratuitas para inserir rollback netcode em seu modo online, que é o melhor código de rede disponível. Outro título desenvolvido pela Arc System Works é DNF Duel, que agora possui um rebalanceamento dos atributos dos personagens além de toda uma Season Pass com vários lutadores novos a serem lançados durante todo o ano de 2023. Além disso, segundo entrevista dos produtores para a revista 4Gamer em setembro no Japão, a equipe principal do estúdio não está trabalhando mais em Guilty Gear Strive, o que indica que estão em um novo projeto de jogo de luta que pode ser revelado também em 2023.

Outra que tem anúncios a fazer relacionados a jogos de luta é a Bandai Namco. Ela e a SEGA costumam publicar alguns games do gênero baseados em animes famosos e, até o momento, somente a chegada de Naruto x Boruto Ultimate Ninja Storm Connections foi revelado (mas há espaço para outras séries japonesas famosas).

Ainda falando de Bandai Namco, há também a atualização do jogo Dragon Ball FighterZ que será melhorado ganhando rollback netcode e mais personagens para JoJo's Bizarre Adventure: All-Star Battle R completando a Season Pass 1 do jogo.

Começando pelos indies, vamos ver rapidamente alguns poucos exemplos do que vem por ai em 2023. Fraymakers é uma boa pedida para quem é fã de games como Multiversus, Brawlhalla e Super Smash Bros. Ele reúne diversos personagens de outros jogos independentes de sucesso para se estapearem nas arenas online.

Para quem gosta de 3D, Die by the Blade possui gráficos incríveis e um estilo de jogo diferenciado. O jogo usa sistema de hit kill, onde um golpe bem dado encerra a luta, sendo quase que um sucessor espiritual para o clássico Bushido Blade do Playstation 1.

Já para quem prefere jogos 2D e retro uma boa aposta é Blazing Strike que visa reviver o estilo de gameplay de franquias tradicionais como The King of Fighters e Street Fighter, porém mantendo um visual mais antigo. 

Os jogos de luta também estão muito fortes no Brasil. God of Rock é um jogo bastante diferente que mistura jogo de ritmo com mecânicas e comandos de fighting game. Essa proposta louca foi criada pelo estúdio brasileiro da Modus Games .

Já a Statera, comandada por Jon Satella e Anderson Halfeld, vai lançar Pocket Bravery em 2023 contendo vários modos offline, rollback netcode e um gameplay com muitas possibilidades. O jogo já conta com alguns campeonatos e jogadores famosos como o multicampeão internacional Justin Wong e o brasileiro Killer Xinock, vencedor do Prêmio eSports Brasil de melhor jogador de jogos de luta.

Já a QUByte lançou Breakers Collection, um pacote com o primeiro game da franquia Breakers, além da sequência Breakers Revenge. Tudo isso cheio de melhorias e novos conteúdos.

Entre os lançamentos maiores está a chegada de Granblue Fantasy Versus Rising, a continuação da franquia. Todas as atualizações esperadas pelos fãs para o primeiro jogo, chegam para a sequência, incluindo novos personagens, rebalanceamento, rollback netcode, novos modos e muito mais.

Street Fighter 6 chega em 2 de junho de 2023 buscando trazer ainda mais público para os jogos de luta. Seu gameplay foi facilitado, os comandos ganharam versões simplificadas e vários conteúdos e mini-jogos foram adicionados. Além disso há um modo novo onde o jogador pode criar seu próprio avatar e vagar pelas ruas da cidade, fazendo missões e coletando itens, o chamado World Tour. Muitas das críticas que Street Fighter V recebeu e o fizeram ter uma queda de vendas em relação a seu antecessor, foram corrigidas ou amenizadas. Além disso, o game vem com crossplay entre todas as plataformas.

O segundo semestre não só deve ter Street Fighter 6 como também o aguardadíssimo Tekken 8. Segundo o balanço financeiro da própria Bandai Namco, o título deve ser lançado em algum momento a partir do segundo semestre de 2023. O novo Tekken será exclusivo da nova geração e terá gráficos avançadíssimos, além de novas mecânicas de gameplay e o retorno de uma das personagens mais queridas pelos fãs, a Jun Kazama. Apesar disso, ainda não há muitas informações sobre o projeto além do que foi mostrado nos trailers, que por sinal possuem milhões de visualizações cada.

Obviamente nem todos os lançamentos foram citados aqui e vários outros ainda devem ser revelados no decorrer dos meses de 2023, mas com isso você já pode perceber que o gênero de jogos de luta não só está muito vivo, como muito forte. Infelizmente isso não é muito divulgado e poucas mídias dão espaço e atenção devidos às notícias sobre gênero, mas para quem sobreviveu por mais de 30 anos lançando jogos de luta sem parar, este é um ano especial. 

Se você gosta do gênero procure no Twitter, Discord ou Facebook comunidades e grupos dos jogos que lhe interessa e se prepare para o que vem por ai, pois este é um ótimo momento para ser fã de jogos de luta.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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