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ROG Ally vs Steam Deck: veja comparativo dos consoles portáteis
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ROG Ally vs Steam Deck: veja comparativo dos consoles portáteis

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Tecmundo
22/07/2023 19h00
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Após ter sido lançado inicialmente em junho no mercado internacional, o ROG Ally chegou oficialmente ao Brasil no último dia 20 de julho. O novo console portátil da ASUS vem para fazer frente ao Steam Deck, da Valve , mas com um hardware mais moderno e alguma diferenças de usabilidade.

A experiência final depende de outros fatores além de um hardware poderoso, como otimizações, interface, conectividade, bateria. Pensando nisso, o Voxel preparou este comparativo apontando onde cada console se destaca, para facilitar na hora de escolher qual deles atende melhor a demanda de cada usuário.

As configurações de hardware dos consoles são bem diferentes, com uma vantagem considerável em termos de poder bruto para o modelo da ASUS. Naturalmente, isto é resultado de quando cada portátil foi desenvolvido, e não uma economia deliberada no projeto por parte da Valve.


Valve Steam Deck

Asus ROG Ally

Chip

AMD Van Gogh (Aerith)

AMD Ryzen Z1

Arquitetura da APU

AMD Zen 2

AMD Zen 4

Frequência

2.4 — 3.5GHz

Até 5.10GHz boost

Núcleos / Threads

4/8

6/12

Gráficos

RDNA 2

RDNA 3

Frequência da GPU

1 – 1.6GHz

2.7GHz

Memória

16GB LPDDR5 em quad-channe 5500 MT/s

16GB LPDDR5 em dual-channel 6400 MT/s

Armazenamento 

64 GB eMMC | 256 GB / 512 GB NVMe SSD (PCIe 3.0) + Expansível via microSD

512 GB NVMe SSD (PCIe 4.0) + Expansível via microSD

Tela

7” IPS (touch)

7” IPS (touch)

Resolução

1280 × 800 (HD formato 16:10)

1920 × 1080 (FullHD formato 16:9)

Taxa de atualização da tela

60Hz

120Hz

Som

Alto-falantes estéreo, saída 3,5 mm para headset, microfone 

Alto-falantes com Dolby Atmos, saída 3,5 mm para headset, microfone 

Conectividade

Wi-Fi, Bluetooth 5.0, 1x USB-C 

Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.2, USB-C, porta PCIe proprietária Asus

Peso

669g

608g


O Steam Deck foi anunciado em 2021, tanto por isso ele ainda utiliza uma APU AMD baseada nas arquiteturas Zen 2 e RDNA 2. Já o ROG Ally tem um projeto mais moderno

Enquanto o Steam Deck foi a primeira empreitada da Valve com um hardware tão complexo e compacto, a ASUS já tinha uma vasta experiência com chips móveis, tanto com os ROG Phone quanto notebooks gamer. Isto facilitou a adaptação tão rápida do conceito de um console portátil para a nova geração de chips CPU e APU AMD.


Ainda que ambos os sistemas tragam 16 GB de memória LPDDR5, o chip mais novo do Ally oferece frequências e contagem de núcleos maiores. As arquiteturas Zen4 e RDNA3  também acrescentam vantagens em tecnologias embarcadas, como compatibilidade com Wi-Fi 6E, e as versões mais novas do AMD FidelityFX.

Fisicamente, a tela dos dois consoles é bem similar, com painel IPS de 7 polegadas e funcionalidade touchscreen. O Steam Deck conta com resolução HD em formato 16:10 (1280×800) — um pouco maior que os tradicionais 720p —, e taxa de atualização de 60 Hz

O ROG Ally conta com uma tela 16:9 FullHD (1920x 1080) e taxa de atualização de 120 Hz. Dependendo da configuração em jogos, a densidade de pixels não é tão perceptível em uma tela tão pequena, mas isto afeta a experiência geral, principalmente se utilizado como um mini PC para navegação ou consumir conteúdo multimídia.

Construção do Steam Deck e ROG Ally é mais confortável e robusta que do Nintendo SwitchConstrução do Steam Deck e ROG Ally é mais confortável e robusta que do Nintendo Switch

O corpo dos consoles tem dimensões similares, com aproximadamente 29 cm x 12 cm, com o ROG Ally sendo cerca de 1,5 cm mais fino que o Steam Deck. A disposição dos botões também muda, já que o console da Valve traz um trackpad de cada lado.

A construção dos portáteis é bem mais robusta que a do Nintendo Switch, principalmente por não ter controles destacáveis. Isto torna o manuseio e uso mais confortáveis, mesmo sem a utilização de uma capa ou grip — apesar de ser recomendado por segurança em casos de queda.

A primeira diferença crucial entre os consoles é o sistema operacional. Naturalmente, o Steam Deck utiliza o SteamOS, sistema operacional da Valve baseado em Linux, enquanto o ROG Ally traz uma versão adaptada do Windows 11.


Para quem quer uma experiência menos burocrática em termos de plataforma de jogos, o SteamOS é claramente muito mais simples de utilizar e gerenciar os jogos. A integração da biblioteca da Steam é automática e a navegação mais intuitiva, similar a de um console padrão.

O problema é que a proposta é tornar a experiência de jogar no PC portátil. Sendo assim, quem planeja jogar títulos não nativos da Steam (e compatíveis com Linux), tem pela frente uma instalação bem mais complexa, que muitas vezes implica em, sim, substituir o sistema pelo Windows 11.


Nesse aspecto, o ROG Ally tem uma vantagem enorme, já que basta ligar o console, instalar quantas lojas digitais quiser, e baixar sua biblioteca. Além disso, para usuários mais ousados, ainda é possível se aventurar com jogos de Android via compatibilidade do Windows 11.

A diferença entre os processadores e gráficos integrados dos consoles dá mais uma vitória nítida ao Ally. O portátil da Asus têm 8 núcleos e 16 threads, e frequências de processador de até 5,1 GHz em boost, contra o CPU 4/8 e clock de até 3,5 GHz do Steam Deck.

Comparativo de desempenho entre Steam Deck e ROG AllyComparativo de desempenho entre Steam Deck e ROG Ally

Também soma-se a isto o salto de desempenho entre os gráficos RDNA2 para RDNA3, e o clock de GPU quase duas vezes mais rápido. O ROG Ally tem um poder computacional de 8,6 TFlops (teoricamente), contra apenas 1,6 do Deck, e um desempenho até 50% superior em jogos em HD (720p/800p) e configurações médias.

Comparativo de desempenho Steam Deck vs ROG Ally em FullHDComparativo de desempenho Steam Deck vs ROG Ally em FullHD

Em FullHD a vantagem do ROG Ally diminui, mas ainda é significativa. Os dois consoles ficam próximo ou acima dos 30 FPS estáveis. Vale lembra que ainda estamos trabalhando com chips móveis e soluções térmicas muito limitadas, então o resultado ainda impressiona.

No quesito conectividade, os dois consoles trazem opções similares. Ambos trazem saída de áudio de 3,5 mm, uma porta USB-C 3.2 Gen 2 (compatível com conexão DisplayPort 1.4 e dock de extensão) e entrada para cartão microSD de alta velocidade.

O diferencial do Ally é a porta proprietária da Asus para sua GPU externa. O ROG XG Mobile traz uma interface direta com placas GeForce RTX, além de servir como hub USB para transformar o console portátil em um PC gamer de última geração. 


Ao que tudo indica, a Asus não pretende lançar o ROG XG no Brasil, por ser um produto bastante caro, inclusive para o mercado internacional, custando até US$ 2 mil na versão com a RTX 4090. Ainda assim, oferecer a tecnologia no console abre margem para formas alternativas de aumentar sua longevidade, sem precisar simplesmente trocar por um novo.

O maior destaque do ROG Ally é a sua usabilidade geral. O chip AMD Zen 4 de 8 núcleos e a GPU RDNA 3 justificam os R$ 7 mil no Brasil, não como um console, mas por ser tranquilamente um substituto para notebooks de mesma faixa de preço ou até um pouco mais caros.

Com os periféricos certos o ROG Ally pode substituir um notebook de entradaCom os periféricos certos o ROG Ally pode substituir um notebook de entrada


Ele não tem a comodidade de teclado e trackpad embutidos, sendo obrigatório o uso de um hub USB-C para conectar periféricos e um monitor externo, mas ele pesa apenas 600g. Dessa forma, ele acaba sendo uma solução mais eficiente para quem já carrega esses acessórios na mochila para viajar com um laptop gamer — que custa os mesmo R$ 7 mil, tem desempenho similar e pode pesar até 4 kg.

Começando pelos bugs, a maioria deles — e isso serve para as duas plataformas — está relacionada a questões de software e sistema operacional. Além de ser uma distribuição Linux, limitando a compatibilidade com alguns jogos, o Steam Deck utiliza uma versão modificada do SteamOS, apresentando alguns bugs de interface.

Mesmo com o ROG Ally trazendo Windows 11, o sistema também é uma versão adaptada para a plataforma portátil. Com isso, ele traz problemas para utilizar o teclado digital e navegação no sistema sem um mouse e teclado conectados, dificultando um pouco a experiência inicial para instalação dos jogos e algumas tarefas mais avançadas.

Outra dificuldade que vale ressaltar é o processo de expansão do armazenamento. Os dois consoles trazem espaço interno apenas para SSDs NVMe 2230, de 30 mm de comprimento


Para quem for se aventurar com o sistema da Microsoft no Steam Deck, fica o alerta que a instalação pode ser frustrante para manter uma partição com o SteamOS e outra com o Windows. Geralmente é necessária uma formatação completa do disco, instalação primeiro do Windows 11, para só então criar uma partição com o sistema Linux.

O problema mais preocupante, no entanto, é para usuários que forem utilizar a expansão microSD do ROG Ally. Em alguma situações de uso intenso, o leitor microSD do console pode superaquecer e, eventualmente, até danificar os cartões. A Asus já está trabalhando em uma solução, mas fica o alerta.

Por mais que se tratem de dois dispositivos parecidos, é difícil determinar qual vale mais a pena no Brasil. O principal motivo é que, ao menos por enquanto, a Steam possui a página de venda do Steam Deck em português, mas não existe previsão de lançar o console por aqui.


Ele só é encontrado via importação, com preços que variam de R$ 3,2 mil a R$ 5 mil dependendo da opção de armazenamento. Para o usuário médio que só quer um videogame portátil mais robusto, o Steam Deck acaba sendo ideal. Principalmente por ser mais barato adquirir o modelo de 64 GB e adicionar um SSD, do que comprar a versão com 512 GB.

Por outro lado, o ROG Ally está sendo comercializado oficialmente no país por R$ 6.300 à vista ou R$ 6.999,00 parcelado. Com este preço, ele parece bem menos interessante só para curtir jogos de PC no modo portátil. A vantagem mesmo fica para quem quer uma plataforma versátil para jogar e trabalhar, e já estava disposto a gastar perto desse valor em um laptop gamer “baratinho”



Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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