Skull and Bones naufraga em tentativa de abraçar todo o oceano - Review
Tecmundo
Skull and Bones é um dos jogos que mais receberam adiamentos desde que foi anunciado oficialmente na extinta E3 de 2017. Ao longo de cerca de sete anos, o título chegou a ter sua chegada às lojas questionada diante de tanta desinformação.
E para felicidades dos jogadores mais pacientes, ele finalmente já pode ser adquirido a partir desta sexta-feira (16), para PS5 , Xbox Series S/X e PC. Mas será que tanta espera valeu a pena? O jogo é realmente o game "AAAA" prometido pela Ubisoft ou naufraga nas expectativas?
Após anos de espera, confira o que esperar de Skull and Bones na nossa review completa com o game, realizada com a versão de PS5 do jogo.
Se você espera de Skull and Bones uma história digna de se tornar uma canção cantada por outros piratas, narrando os detalhes de suas aventuras, é melhor esquecer essa ideia. Isso porque o jogo faz questão de não se atrelar a nenhum enredo, fazendo com que o personagem crie sua própria trajetória, em cima das centenas de missões que ditam o rumo da campanha.
Game traz conflitos intensos logo nos primeiros minutos
Isso já é nítido logo no começo do jogo, onde você precisa fracassar diante de um ataque de navios do exército francês, e consequentemente acabar naufragando. Esse é o ponto de origem do seu personagem, que aos poucos começa a tentar recuperar tudo que conquistou, inclusive o seu respeito, mesmo que nunca tenha tido muito.
Respeito esse que além de ditar o nível do seu capitão, também mostra o quanto você vai mudando ao longo do game. No começo do jogo, ao andar pela ilha principal, é possível escutar piadinhas de outros piratas, principalmente sobre seu barco, que é chamado de "banheira furada". Mas, muitas horas e níveis alcançados depois, a postura muda, e é possível até mesmo ganhar elogios de seus "colegas".
Na maior parte do tempo você precisa cumprir missões para um capitão superior, para então provar seu valor. Um ponto interessante nesse enredo clichê é que, em alguns momentos, há também cenas de traições, motins, e outras atividades características dos piratas mais comuns, e que estamos acostumados a ver desde Chapolin até os filmes mais recentes de Jack Sparrow.
Mesmo jogando no Modo Gráfico, que privilegia o visual, é possível notar falhas no detalhamento dos cenários. Por exemplo, basta passar mais próximo de regiões inabitadas do mapa que é possível perceber uma vegetação totalmente poligonal e sem qualquer capricho. E quando a exploração é a pé, o problema persiste, seja nos milhares de caranguejos que se enterram de uma maneira cômica na areia, como nos caminhos altamente repetitivos e sem tantos detalhes. Diante disso fica o questionamento: de que adianta ter algo tão grandioso se não é possível dar conta dele?
Não dá para dizer que a espera valeu a pena, afinal, foram cerca de sete anos até que o jogo finalmente fosse lançado. Mas para quem mesmo assim esperou pacientemente e apostou suas fichas, o game cumpre aquilo que sempre prometeu: ser o mais completo simulador de piratas já desenvolvido.
Entretanto, Skull and Bones trata-se de um jogo bem fora da curva, que terá o seu próprio nicho e será aquele clássico título de extremismos, ou seja, será um popular "ame ou odeie". Muito por conta da complexidade na sua jogabilidade, que pode afastar os mais novatos, e os bugs que, pelo menos até o lançamento oficial, apareciam de forma constante.
Pontos positivos (prós):
Pontos negativos (contras):
Skull and Bones foi testado no PS5 com uma key fornecida pela Ubisoft. E você, quais suas expectativas em relação ao game? Conte para a gente nas redes sociais do Voxel.