SpaceX é acusada de demitir funcionários por criticarem Elon Musk
Tecmundo
A SpaceX é acusada de demitir funcionários que criticaram o bilionário Elon Musk em carta aberta. Levantada pela National Labor Relations Board (NLRB), entidade dos Estados Unidos, a queixa foi aberta na quarta-feira (3).
Na carta encaminhada em junho de 2022, um grupo de funcionários da SpaceX dizia que o comportamento de Elon Musk era uma fonte frequente de distração e constrangimento. Naquela época, o bilionário estava no processo de adquirir o Twitter — agora, chamado X.
Na carta, funcionários relatam que a presença de Elon Musk é uma constante fonte de distração e constrangimento.
Com as demissões, a empresa teria violado a lei federal que autoriza trabalhadores a reivindicar melhores condições de trabalho coletivamente. Na queixa, a NLRB afirma que a SpaceX interrogou funcionários sobre a participação na carta.
Com acesso a prints de mensagens trocadas entre funcionários, a NLRB acusa a SpaceX de ter criado um ambiente de constante vigilância.
Um dos funcionários afetados pelas demissões acusa a SpaceX de manter uma "cultura tóxica", em que assédio é tolerado, principalmente contra mulheres.
Na carta, a agência requer que a SpaceX publique um aviso sobre os direitos dos funcionários por 120 dias. A empresa também precisa escrever cartas de desculpas para cada um dos funcionários demitidos.
Se a SpaceX não atender as exigências, a empresa deverá comparecer a uma audiência marcada para 5 de março de 2024.
A partir disso, a companhia espacial de Elon Musk pode ser condenada a reintegrar os funcionários ou indenizá-los. Em cenários mais graves, a administração da empresa pode também enfrentar penalidades mais profundas.
Essa não é a primeira vez que Elon Musk é acusado de fomentar um ambiente de trabalho nocivo. Em maio de 2022, o site Insider revelou que o bilionário pagou uma de suas comissárias de bordo para manter silêncio sobre um caso de assédio.