Fechado há mais de 40 anos, armário de Pelé na Vila Belmiro é alvo de curiosidade
Anamaria
Além de ser marcado pela despedida de Pelé do futebol, o dia 2 de outubro de 1974 também é lembrado por outro motivo: foi a última vez que o armário do Rei do Futebol na Vila Belmiro, estádio do Santos, foi aberto.
Desde então, o item do vestiário santista jamais foi reaberto e seu interior é um grande mistério e alvo de muita curiosidade por parte dos torcedores do clube e entusiastas do esporte.
Na noite de despedida, Pelé rezou aos deuses do futebol que sua ausência fosse superada e o Santos seguisse empilhando títulos, como fez em grande parte da carreira do atleta. Após deixar um objeto no armário, ele o trancou e levou a chave consigo.
A curiosidade é tão grande que o espaço do vestiário virou motivo de visitação do público durante os passeios e tour realizados pelo Santos no estádio. O clube, inclusive, já declarou não ter planos para abrir a “cápsula do tempo” e não pretende revelar seu conteúdo, para a tristeza dos curiosos.
“Todos os armários passaram, ao longo das décadas, por inúmeras reformas, se modernizando ao longo do tempo. A única coisa que permanece igual, na mesma posição, é o armário do Pelé. Tanto é que ele é revestido por uma porta. Dentro dessa porta, que está trancada, o armário dele é o mesmo de quando ele deixou a Vila Belmiro”, conta Gabriel Pierin, guia do tour da Vila Belmiro.
A OPINIÃO DE PELÉ
Falecido na tarde desta quinta-feira (29), Pelé já havia comentado sobre o mistério anteriormente e amenizou a importância dos itens que o armário guardava. Segundo o próprio, se fossem objetos indispensáveis, teriam sido transferidos para seu museu pessoal.
"Se fosse algo importante, claro que iria colocar no museu. Quero esclarecer a história para que, se morrer amanhã, não digam que deixei algo importante lá", disse ele em entrevista à Folha de São Paulo, ainda em 2012.