Filho de Yohama Eshima usou remédio contaminado por dois meses; atriz faz alerta
Anamaria
A atriz Yohama Eshima expôs uma situação complicada que passou com o filho, Tom. O menino, de três anos, tem uma doença crônica e degenerativa - chamada esclerose tuberosa - que pode causar crises convulsivas. Para tratá-la, ele precisa tomar diariamente medicação.
Acontece que o tal medicamento, chamado Sabril (à base do fármaco vigabatrina), estava contaminado com uma substância chamada tiaprida, usada principalmente para tratar a abstinência ao álcool. Yohama só descobriu a contaminação após ver o relato de outras mães nas redes sociais.
"Uma amiga ,que mora em Santa Catarina, também avisou que o SUS do estado onde ela mora enviou um comunicado falando sobre os lotes contaminados. Eu fiquei sabendo por ela e liguei desesperada para o telefone presente na caixa do remédio. Foi quando o atendente confirmou a contaminação", relembra.
Mas, antes disso, ela havia percebido algumas mudanças no comportamento do filho, mas não as associou ao medicamento. Ele estava mais sonolento, por exemplo. Yohama classifica a contaminação como um desrespeito às famílias. "A sensação que dá é de um completo descaso", argumenta.
A Sanofi, laboratório que produz o Sabril, confirmou a contaminação apenas após pressão popular e disse ter recolhido os lotes contaminados em 10 de julho deste ano. Caso queira conferir, eles são:
- CRA02747, com validade até 30/04/2024
- CRA06696R, com validade até 31/08/2024
- DRA00489V, com validade até 31/01/2025
- DRA00490, com validade até 31/01/2025
O remédio, segundo o UOL, também é usado por crianças com a síndrome de West, condição epiléptica rara. No Brasil, a tiaprida não é uma substância liberada para uso pediátrico e não existem estudos sobre seus efeitos na população infantil.
QUEM É YOHAMA ESHIMA?
Ela se destacou na novela 'Travessia' ao interpretar a policial Yone, braço direito da delegada Helô, interpretada por Giovanna Antonelli. A atriz, que tem origem asiática, faz parte das personalidades que lutam por mais representatividade amarela em produções audiovisuais no Brasil.
No ano passado, a artista falou sobre o assunto em entrevista para UOL Universa. Ela disse que, no início da carreira, sofreu bastante por sempre ser escalada para papéis estereotipados, onde ela muitas vezes precisava ser submissa, subserviente e fetichizada, tal qual uma gueixa.