Sandra Annenberg sobre defender a filha de ataques homofóbicos: "Pena"
Anamaria
Sandra Annenberg ocupa o posto de apresentadora do 'Globo Repórter' desde 2019, após deixar a bancada do 'Jornal Hoje', por onde esteve ao longo de 16 anos. Em entrevista ao jornal O Globo, ela falou sobre o assunto.
"Levei um tempo para me adaptar, mas agora estou muito feliz. Estou numa fase de usufruir das conquistas que fiz ao longo da vida profissional. Hoje estou ótima! Superei a falta de adrenalina (risos). Adoro o novo ritmo, mais tranquilo, e o novo cotidiano da reportagem sem rotina. E não penso em parar, não. Amo o que faço e pretendo continuar por muito tempo ainda".
Comentou sobre ter retomado a carreira de atriz: "Nunca digo nunca, mas, neste momento, estou jornalista. E assim estarei até, quem sabe um dia, mudar. O papel de narradora da história (que eu fiz na peça) se aproxima muito do meu trabalho de apresentadora. Acredito que esse tipo de montagem não é conflitante com o jornalismo. Então, se conseguirmos remontar, teria novamente imenso prazer".
POSICIONAMENTO
A jornalista relembrou os ataques e ofensas que sofreu nas redes sociais, em junho deste ano, após acompanhar a filha Elisa, de 20 anos, fruto de seu casamento com Ernesto Paglia, na Parada do Orgulho LGBTQIAP+ de São Paulo.
"Não entendo o que as pessoas têm a ver com a sexualidade alheia. Cada um tem que procurar a própria felicidade. Apesar dos poucos ataques de ódio e discriminação, tive apoio da maioria das pessoas. Uma minoria barulhenta é que, covardemente, resolveu discutir gramática como desculpa para expressar homofobia. Tenho pena deles", avalia.
"Por que não usar essa energia para preservar o meio ambiente, para defender a igualdade e a justiça social ao invés de criticar o amor "des outres"? Tenho tanto orgulho da minha filha e da geração dela que não precisam de rótulos e que acreditam que o respeito às diferenças é o mais importante nas relações. Acho que a eduquei muito bem!", finaliza.