Familiares dos irmãos Menendez detonam série da Netflix: 'Pura maldade'
Aventuras Na História
Série mais assistida por brasileiros na plataforma de streaming Netflix, a segunda temporada da antologia "Monstros" chama atenção ao reviver o caso de Lyle e Erik Menendez, condenados por assassinar os próprios pais.
Embora "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" seja um sucesso já nos primeiros dias, familiares dos irmãos condenaram os episódios da produção através do Facebook, repercute o Metro.
A série mostra os dois lados da história. De um lado, é retratada a polêmica imagem dos irmãos alegada pela promotoria, que sugeriu que o crime foi motivado por ganância. Do outro, os episódios mostram os duros relatos de que Lyle e Erik teriam sido molestados pelos pais.
Mas, a série caiu em polêmica ao sugerir que os irmãos desenvolveram um relacionamento amoroso. Em determinado episódio, o ator que interpreta o filho mais velho beija o irmão rapidamente. Depois, eles dançam de maneira íntima e sugestiva durante uma festa, chocando as pessoas ao redor.
Mas, o escândalo vem com o momento em que a mãe, Kitty Menendez, flagra os filhos se beijando. Familiares que cuidam do perfil de Lyle no Facebook criticaram a representação incestuosa, que não foi comprovada na vida real.
O que disseram os familiares?
"Então, esses "escritores/criadores" levantaram de manhã, comeram seus flocos de milho e foram para um escritório onde decidiram mentir sobre sobreviventes de estupro que sofreram todos os dias de suas vidas. Os profissionais fizeram isso por dinheiro. Que irônico", afirma a publicação. "Nunca se esqueça: havia mais evidências de abuso no primeiro julgamento do que na maioria dos processos bem-sucedidos por abuso infantil".
O comunicado também criticou a escolha do material para a série, dada a infinidade de informações que poderiam ser extraídas.
Para os familiares de Lyle e Erik, a sugestão de que eles se relacionavam é "pura maldade".
"Espalhar para o mundo a noção absurda de que os irmãos eram amantes é o cúmulo da pura maldade. 'Que conveniente que a nova evidência nunca tenha sido apresentada! A verdade é que não tenho ideia do que acabei de assistir porque não tem nenhuma semelhança com a realidade ou com os seres humanos que conheço", continua o texto.
Para eles, mesmo que a série fosse classificada como ficção, a representação em questão ainda "seria horrível".
Em outra publicação, os administradores da página refletem: "Por que vítimas de abuso sexual do sexo masculino não se apresentam? Porque elas têm medo de encontrar pessoas como as que criaram esse lixo".
Vale lembrar que Erik Menendez se manifestou na última sexta-feira, 20, sobre o lançamento da série. Ele lamentou a representação "desonesta" da história.
“É triste para mim saber que a representação desonesta da Netflix sobre as tragédias que cercam nossos crimes levou as verdades dolorosas vários passos para trás – de volta no tempo para uma época em que a promotoria construiu uma narrativa baseada em um sistema de crenças de que os homens não eram abusados sexualmente e que os homens vivenciavam o trauma do estupro de forma diferente das mulheres", explicou ele.