Elisa Lam: a chocante e misteriosa morte no Hotel Cecil
Hollywood Forever TV
Conhecido por ter sido palco de histórias bizarras - e muito assustadoras - envolvendo mortes, suicídios, roubos e todos os tipos de violência, o Hotel Cecil, localizado na cidade de Los Angeles e inaugurado em 1924, também já foi ponto de atividades ilícitas e hospedou criminosos notórios, como Richard Ramirez, apelidado de “Night Stalker”.
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Com uma péssima reputação, há muitos anos, o local já não era mais tão procurado por turistas. Mas no ano de 2013, um acontecimento chocou o mundo: a canadense Elisa Lam, de 21 anos, foi encontrada morta na caixa d’água do hotel, em circunstâncias extremamente misteriosas e dignas de um filme de terror.
O desaparecimento de Elisa
Nascida em Vancouver, no Canadá, no dia 30 de abril de 1991, Elisa Lam estudava na University of British Columbia. Até que, em janeiro de 2013, resolveu fazer uma viagem para os Estados Unidos, com o objetivo de conhecer a Costa Oeste do país - passando por São Diego, Los Angeles, Santa Cruz e São Francisco.
Diagnosticada com bipolaridade e depressão, Elisa convenceu seus pais de viajar sozinha, prometendo que avisaria todos os dias sobre seus próximos planos. Além de ligar para eles constantemente, a jovem também compartilhava detalhes da viagem em seu blog pessoal. De acordo com suas anotações, passou cinco dias em São Diego e, em seguida, partiu para Los Angeles.
Chegando lá, no dia 26 de janeiro, hospedou-se no Hotel Cecil, onde dividiu um quarto com outras duas mulheres. Entretanto, depois de alguns dias, ambas reclamaram dos comportamentos “estranhos” de Elisa, que acabou sendo transferida para um quarto individual.
No dia 31 de janeiro, que seria o dia em que Elisa sairia de Los Angeles para o próximo destino, a jovem não deu notícias aos seus pais e nem realizou o check-out do hotel. Alarmados pela falta de contato da filha, os pais logo acionaram o Departamento de Polícia local, que abriu uma investigação para encontrar Elisa pela cidade.
Vídeo no elevador e repercussão
Depois de alguns dias de investigação, a polícia se deparou com um vídeo perturbador nas câmeras do hotel. Nele, era possível ver Elisa no elevador, pressionando todos os botões do painel e mantendo as portas abertas. Gesticulava como se estivesse conversando com alguém, pulava e fazia outros movimentos que davam a entender que ela estava se escondendo. Apesar de seu comportamento estranho, não havia mais ninguém no local, e o vídeo foi divulgado na internet com o objetivo de ajudar nas investigações.
O vídeo logo tomou proporções gigantescas ao redor do mundo, ganhando milhões de visualizações em poucos dias. Afinal, a atitude de Elisa no elevador era considerada bem assustadora, e por isso muitas teorias surgiram. Diversos youtubers fizeram vídeos analisando cada movimento de Elisa e, junto com os espectadores, levantaram especulações - como que o vídeo estava editado, que alguma atividade sobrenatural estava envolvida ou até que Elisa estava realmente fugindo de alguém.
Apesar de tantas dúvidas que surgiram a partir do vídeo, uma ainda pairava sobre todos que acompanhavam o caso: onde estava Elisa?
A descoberta
No dia 19 de fevereiro de 2013, dias após o desaparecimento da jovem, os hóspedes do Hotel Cecil começaram a reclamar da água, que estava com baixa pressão, além de um gosto estranho e um líquido escuro saindo da torneira. A equipe de manutenção foi, então, checar a caixa d’água localizada no terraço do último andar e, ao abrirem um dos tanques, se depararam com uma cena inimaginável: lá estava o corpo de Elisa nu, flutuando, sem vida, ao lado de suas roupas que também flutuavam.
A partir desta descoberta, uma série de novas questões surgiram. Afinal, como Elisa foi parar dentro da caixa d’água? De acordo com a autópsia, a jovem não possuía ferimentos graves ou drogas desconhecidas em seu organismo, apenas sinais dos medicamentos prescritos para seu transtorno bipolar.
Após a morte da filha, David e Yinna Lam entraram com um processo por negligência por parte do Hotel Cecil, afirmando que o local tinha dever de inspecionar e procurar perigos no estabelecimento. Entretanto, segundo declarações de especialistas e da equipe de manutenção do hotel, o caminho para Elisa chegar até a caixa d’água não era nem um pouco simples.
Para isso, ela teria que sair pela janela, subir as escadas de incêndio (sem que ninguém notasse), passar por uma porta com acesso direto ao terraço (que fica fechada e dispara um alarme toda vez que passam por ela), subir uma escada de três metros até o tanque, abrir uma tampa de 10 quilos, entrar no tanque e, em seguida, fechar a tampa.
Diante de tantos acontecimentos improváveis, a morte de Elisa foi definida como “imprevisível” e a ação, julgada como improcedente. Ainda segundo os legistas, Lam pode ter mergulhado no tanque em um episódio psicótico e tirado a roupa para diminuir seu peso, ou como efeito de uma hipotermia.
O caso foi determinado, portanto, como morte por afogamento acidental, mas o veredito ainda deixa muitas pessoas insatisfeitas. Os mistérios envolvendo este episódio continuam existindo e, com o objetivo de reabrir um debate sobre o caso, um documentário foi lançado na Netflix, “Cena do crime - mistério e morte no Hotel Cecil”. Nele, acompanhamos diversas entrevistas de pessoas que estiveram presentes nas investigações, teorias, detalhes sobre o caso e muitas outras informações.
Confira o trailer:
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