As Crônicas de Nárnia: Por que Nárnia passou anos sem comemorar o Natal?
Recreio
Em “As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, primeiro livro da franquia de “As Crônicas de Nárnia” publicado por C.S. Lewis em 1950, descobrimos que o mundo mágico, que existe de forma paralela ao nosso, está há anos vivendo um inverno sem fim após uma terrível maldição jogada por Jadis, a Feiticeira Branca.
O feitiço foi lançado pela vilã 900 anos após a criação de Nárnia, quando a árvore mágica plantada por Aslan e responsável por deixá-la longe morre. Com isso, Jadis invade a terra com seu novo exército e decide abolir as estações do ano, fazendo com que o reino inteiro fosse dominado por um rigoroso inverno, além de também proibir o Natal e impedir a entrada do Papai Noel. Ali, ela passa a ser reconhecida como a Feiticeira Branca, e se autointitula Rainha de Nárnia e Imperatriz das Ilhas Desertas.
Por que Nárnia passou anos sem comemorar o Natal?
Quando Lúcia conhece o Sr. Tumnus em sua primeira visita a Nárnia, o fauno a explica sobre o inverno sem fim que Nárnia tem vivido, e que há anos eles não têm a oportunidade de celebrar o Natal devido à maldição de Jadis.
Tempos depois, quando a garota retorna ao mundo mágico ao lado de seus irmãos mais velhos, Pedro, Susana e Edmundo, uma antiga profecia começa a se tornar realidade, onde dizia que dois filhos de Adão e duas filhas de Eva salvariam o país, dariam fim ao inverno e derrotariam a Feiticeira Branca.
Enquanto Pedro, Susana e Lúcia caminhavam ao lado dos castores em direção à Aslan para pedir ajuda para recuperar Edmundo, que havia sido enganado e sequestrado por Jadis, os três irmãos são surpreendidos por uma figura muito conhecida: o Papai Noel.
A chegada do bom velhinho serve como uma prova de que a magia imposta pela feiticeira está cada vez mais fraca, além de marcar o retorno do Natal após anos sem a festividade. Para marcar o momento, Noel presenteia os jovens com itens importantes para sua jornada que, futuramente, se tornariam relíquias para os narnianos.
Pedro, o mais velho, recebe uma espada e um escudo; Susana, a segunda por ordem de idade, ganha um arco e flecha — que só deveria ser usado em momento de extrema necessidade — e uma trompa mágica para chamar ajuda sempre que precisar; já Lúcia, a caçula, é presenteada com uma poção de cura e uma adaga.
Como é o Natal em Nárnia?
Conforme repercutido pelo Collider, o Natal em Nárnia é um pouco diferente do que conhecemos, visto que, além de não contarem com as belas decorações que estamos acostumados, o feriado também não possui qualquer ligação com religião.
A comemoração teria chegado ao mundo mágico logo em sua criação, graças aos primeiros reis de Nárnia: Franco (o cocheiro que foi levado sem querer ao novo universo por Digory e Polly) e sua esposa Helena, que se mudaram da Terra e foram viver em Nárnia a pedido de Aslan. Com isso, por meio de histórias do nosso mundo contadas pelos monarcas, os narnianos teriam adaptado a comemoração e criado sua própria versão do Natal.