Super Bowl: A força de Rihanna na política, na cultura e na sociedade
Sportbuzz
Rihanna será a principal atração no “Show do Intervalo” durante o Super Bowl da NFL. A cantora de Barbados retorna aos palcos após uma “pausa” na carreira para se dedicar às próprias empresas (especialmente nos ramos de cosméticos e de vestuário) e à maternidade com o nascimento de seu primeiro filho, fruto do relacionamento com o rapper ASAP Rocky.
A performance da caribenha, em meio a um dos eventos mais acompanhados globalmente no ambiente esportivo, traz luz às suas lutas além da carreira artística e empresarial. Em diversas entrevistas, Rihanna já se posicionou sobre controle de armas, a independência de seu país natal da monarquia britânica, brutalidade policial, entre outras temáticas de cunho socio-político.
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Além disso, Rihanna oferece suporte por meio de doações dos lucros obtidos com a Fenty Beauty, Fenty Skin e Savage X Fenty. A barbadiana também se preocupa com a inclusão e representatividade no conceito dos próprios produtos, como a priorização de maquiagens para todos os tons de pele e lingeries que atendam a uma grande gama de corpos em seus diferentes formatos.
A dona do hit “Umbrella” foi uma das grandes vozes a se opor ao governo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, principalmente em matérias relacionadas aos direitos das mulheres, da luta antirracista e de políticas migratórias. Quando o ex-dirigente havia lançado a sua política que impedia a entrada de imigrantes provenientes de países majoritariamente islâmicos, Rihanna foi categórica.
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“Estou enojada! As notícias são devastadoras. A América está sendo arruinada bem diante dos nossos olhos. Que porco imoral você deve ser para implementar uma medida assim!”, tuítou à época. Sobre as políticas de controle de armas, Rihanna destacou a falsa simetria do que é considerado terrorismo nos EUA e como um atirador branco recebe maior respaldo do que uma pessoa negra ou de etnia não-branca na mesma posição.
“Coloque um homem árabe com a mesma arma [que um homem branco] no Walmart. Não há maneira alguma de o Trump apenas ‘se sentar’ e tratar publicamente com uma questão de saúde mental”, afirmou Rihanna, em menção à cumplicidade discursiva do ex-presidente relativa a um ataque com tiroteios feitos por um homem branco na rede de supermercados. Em entrevista à "Vogue", ela explicou: “É um tapa na cara, completamente racista”.
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A apresentação da artista no Super Bowl, por outro lado, marca o final de seu boicote de três anos à NFL, devido à falta de tato e preocupação da liga no que diz respeito a pautas antirracistas, especialmente no caso Colin Kaepernick (ex-jogador que foi duramente rechaçado por protestar de maneira contundente em prol do movimento negro), para quem ela havia demonstrado apoio.
Além do ocorrido com o ex-quarterback, Rihanna já atraiu a atenção do público para outros casos de racismo que ganharam repercussão na grande imprensa, principalmente o de George Floyd e Breonna Taylor. “Se assassinato intencional é a consequência adequada para uso de drogas ou resistência à prisão, então, qual seria a consequência adequada para assassinato?”, questionou na ocasião.
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Apesar do boicote que havia proposto em edições anteriores do Super Bowl pela relação conturbada da NFL com lutas sociais, a cantora explicou que o “Show do Intervalo” é o sonho de todo artista: “Nada teria me tirado de casa se não fosse um desafio como esse. Você pode acabar se acomodando muito em casa sendo mãe, então isto está me desafiando a encarar algo que eu nunca fiz na carreira. Eu tenho que viver de acordo com esse desafio”.