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Saúde mental: reclamar molda mesmo nosso cérebro?
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Saúde mental: reclamar molda mesmo nosso cérebro?

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Anamaria
06/03/2025 17h50
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© Crédito: Unsplash
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Vivemos rodeados por uma enxurrada de pensamentos diários. Alguns nos impulsionam, outros nos drenam. Mas você já parou para refletir sobre o que ocupa sua mente? Segundo a terapeuta e especialista em sustentabilidade emocional indutiva Noélli Santiágo, essa consciência é essencial para preservar a saúde mental.

A neurociência comprova que reclamar pode literalmente modificar o cérebro. O neurocientista Donald Hebb formulou um dos princípios fundamentais dessa ciência: “neurônios que disparam juntos, conectam-se juntos”. Isso significa que, quanto mais reforçamos um pensamento, mais ele se fortalece. Se a mente está focada em problemas e reclamações, criamos conexões neurais que perpetuam esse padrão.

Noélli destaca que essa realidade pode ser transformada. “Se conseguimos treinar o cérebro para adoecer, também podemos treiná-lo para florescer”, afirma.

Os impactos físicos e emocionais dos pensamentos negativos

O peso dos pensamentos vai muito além do psicológico. Estudos demonstram que padrões negativos frequentes elevam os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, comprometendo o sistema imunológico e acelerando o envelhecimento celular.

“O que poucos percebem é que reclamar não só vicia, mas também contamina”, explica Noélli, que complementa: “Estar perto de pessoas que reclamam constantemente pode drenar nossa energia de forma sutil, mas extremamente prejudicial.”

Porém, a boa notícia é que podemos reverter esse ciclo. Ao identificarmos padrões de pensamento prejudiciais, abrimos espaço para uma transformação real.

Como reprogramar o cérebro e evitar padrões destrutivos

Tomar consciência dos próprios pensamentos é um exercício poderoso. Noélli ressalta que essa mudança não se trata de positividade tóxica, mas de responsabilidade emocional. “Sentir tristeza, raiva ou frustração é normal. O problema é alimentar estados mentais que nos aprisionam. O pensamento tem peso e impacto, e quanto mais o nutrimos, mais ele se enraíza”, afirma.

A neurociência comprova a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de se modificar ao longo da vida. Isso significa que os padrões mentais não são imutáveis. Com prática e dedicação, é possível reprogramar os circuitos neurais e construir uma nova realidade interna.

Passos práticos para melhorar a saúde mental

Noélli propõe um desafio simples: nos próximos dias, observe seus pensamentos. Sempre que um padrão recorrente surgir, questione-se:

  • Esse pensamento me fortalece ou me enfraquece?
  • Ele me aproxima da vida que desejo ou me prende a um ciclo negativo?

A especialista reforça que a mudança começa com pequenas escolhas diárias. Para fortalecer sua saúde mental, experimente:

  • Praticar a gratidão diariamente;
  • Evitar ambientes e conversas excessivamente negativas;
  • Cultivar hábitos que tragam bem-estar, como meditação e atividade física;
  • Substituir reclamações por soluções.

“Pensar sobre o que se pensa é um ato de coragem. E essa coragem pode ser o primeiro passo para transformar não só a mente, mas a vida”, finaliza Noélli.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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