Afinal, energéticos fazem mal à saúde? Entenda seus efeitos
Bons Fluidos

Os energéticos estão cada vez mais presentes na rotina de quem busca disposição extra – seja para treinar, estudar ou enfrentar dias puxados. Essas bebidas realmente aumentam o estado de alerta e afastam o cansaço, pois atuam diretamente no sistema nervoso central. Mas, apesar de populares, também levantam dúvidas importantes sobre segurança e limites de consumo.
O que tem dentro do energético?
A “energia” vem principalmente de substâncias estimulantes, como a cafeína e a taurina. Muitas marcas ainda adicionam guaraná, ginseng e grandes quantidades de açúcar, criando uma combinação potente para o corpo. Em doses moderadas, o energético costuma ser tolerado por pessoas saudáveis. Mas o consumo frequente ou exagerado pode trazer efeitos indesejados, especialmente para o coração e o sono.
Afinal, energéticos fazem mal?
O exagero pode, sim, trazer riscos. Entre os efeitos mais comuns estão: insônia e dificuldade para dormir, aumento da pressão arterial, desidratação, batimentos irregulares, ansiedade e irritabilidade, dores de cabeça, convulsões e, em casos extremos, parada cardíaca. O açúcar é outro ponto crítico: há versões com doses tão altas que favorecem ganho de peso, desregulação da glicemia e maior risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Misturar com álcool piora os efeitos
Embora pareça inofensivo combinar energéticos com bebida alcoólica, essa prática preocupa especialistas. A cafeína aumenta o estado de alerta, mascarando sinais de embriaguez. A pessoa acaba bebendo mais do que percebe – e isso eleva o risco de intoxicação alcoólica, acidentes e desidratação severa.
E quanto é seguro consumir?
Não existe uma quantidade padrão, porque cada marca usa doses diferentes de cafeína. Há latas com quase 500 mg – mais do que o recomendado para um dia inteiro. Por isso, o ideal é sempre ler o rótulo e somar todas as fontes de cafeína consumidas no dia (café, chás, chocolate, pré-treinos e o próprio energético).
Quem deve evitar completamente?
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria e especialistas consultados, os energéticos não são recomendados para crianças e adolescentes, gestantes e lactantes, pessoas com insônia, ansiedade severa ou pânico, indivíduos com zumbido, labirintite ou refluxo, quem tem gastrite, úlcera ou problemas renais, portadores de hipertensão, arritmias, insuficiência cardíaca ou outras doenças cardiovasculares e pessoas alérgicas a algum ingrediente da bebida.
Se a ideia é ganhar disposição sem riscos, algumas opções são mais seguras: café ou café coado, chá verde, guaraná em pó e cacau, por exemplo. Esses alimentos têm ação estimulante mais suave e costumam causar menos efeitos colaterais quando consumidos com equilíbrio.
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