Mulheres também têm calvície? Entenda condição e como tratar
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Quando falamos em calvície, a maioria das pessoas associa o problema aos homens. No entanto, a condição também pode afetar mulheres e, embora seja menos comum, pode ter um impacto significativo na autoestima. O nome correto dessa condição é alopecia androgênica feminina, caracterizada pelo afinamento progressivo dos fios, perda de densidade e rarefação capilar ao longo dos anos.
Enquanto nos homens a queda de cabelo costuma se concentrar no topo da cabeça, formando as conhecidas “entradas”, nas mulheres a queda ocorre de maneira mais difusa, deixando o couro cabeludo mais visível.
Por que a alopecia feminina acontece?
Segundo a dermatologista Analupe Webber, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Seção RS (SBD-RS) ao portal Bloom Club, a alopecia androgênica feminina atinge cerca de 6% das mulheres. Ela está diretamente relacionada a fatores genéticos e a mudanças hormonais.
Apesar de poder se manifestar já na adolescência, o quadro tende a se intensificar a partir dos 50 anos. A menopausa, o uso de hormônios masculinos (como a testosterona), medicamentos andrógenos e até alguns tipos de anticoncepcionais podem agravar a condição.
Existe cura?
A calvície feminina não tem cura, mas há maneiras de controlar e minimizar os efeitos. A especialista alerta que a procura por ajuda médica deve ser precoce. “Tem pessoas que vêm quando o cabelo já está muito ralo. Se a pessoa sabe que a avó, a mãe ou outras pessoas da família sofrem com alopecia androgênica, ela pode procurar o dermatologista antes de desenvolver os sintomas”, orienta Webber.
Como é feito o tratamento?
O tratamento pode envolver diferentes estratégias:
- Medicamentos vasodilatadores: usados em formulações tópicas, orais ou até injetáveis;
- Antiandrógenos: que neutralizam os hormônios masculinos e reduzem o impacto sobre os fios;
- Laser e microagulhamento: terapias que estimulam a circulação no couro cabeludo e fortalecem o crescimento capilar.
Nem toda queda de cabelo é calvície!
É importante lembrar que a queda capilar nem sempre significa alopecia androgênica. A perda dos fios pode estar relacionada a anemia, deficiência de vitaminas ou a outros tipos de alopecia. Por isso, o diagnóstico correto é essencial. A recomendação dos especialistas é clara: ao notar mudanças na densidade do cabelo ou queda persistente, o ideal é procurar um dermatologista para avaliar as causas e indicar o tratamento mais adequado.
