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Quais são os perigos do metanol para a saúde? Entenda!
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Quais são os perigos do metanol para a saúde? Entenda!

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Bons Fluidos
02/10/2025 16h08
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Nos últimos dias, o Brasil registrou dezenas de notificações de intoxicação por metanol, a maioria em São Paulo. Até agora, já são 43 casos suspeitos em todo o país, sendo 10 confirmações ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Também foi confirmada uma morte no estado paulista pelo mesmo motivo, enquanto outras sete mortes estão em investigação. Em Pernambuco, quatro casos foram notificados e são investigados. O Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) atualizou as informações nesta quarta-feira (1º).

O que está acontecendo?

As autoridades sanitárias intensificaram as fiscalizações em bares, distribuidoras e adegas após o aumento de notificações. Apenas em São Paulo, seis estabelecimentos foram interditados e milhares de garrafas suspeitas foram apreendidas. Entre os casos mais expressivos, estão a apreensão de mais de 17 mil garrafas em Americana e de 128 mil unidades de vodca lacradas em Barueri.

Afinal, o que é o metanol?

O metanol, também conhecido como álcool metílico, é um líquido incolor, inflamável e de cheiro semelhante ao das bebidas alcoólicas comuns. Porém, diferente do etanol, que está presente nas bebidas que consumimos, o metanol é altamente tóxico para o corpo humano. No Brasil, sua principal utilização é industrial, sendo matéria-prima para combustíveis, solventes e biodiesel. Não deve-se ingerir em hipótese alguma.

Por que ele é tão perigoso?

Quando entra no organismo, o metanol rapidamente metaboliza no fígado e transforma-se em formaldeído. Depois, torna-se ácido fórmico (substâncias extremamente tóxicas que interferem na oxigenação celular).

Esse processo pode levar a uma série de complicações graves, como acidose metabólica, danos neurológicos, insuficiência renal e até a morte. Um dos sintomas mais característicos é a perda progressiva da visão, podendo evoluir para cegueira irreversível. Estudos indicam que entre 30% e 40% dos sobreviventes de intoxicações graves desenvolvem algum grau de dano ocular permanente.

Sintomas que merecem atenção

De acordo com especialistas, os primeiros sinais de intoxicação surgem entre 6 e 24 horas após o consumo da bebida contaminada. Entre eles estão:

Nos casos mais graves, a pessoa pode evoluir para convulsões, coma, cegueira permanente e óbito.

Como evitar e o que fazer em caso de suspeita

Infelizmente, não há como diferenciar o metanol do etanol apenas pelo gosto ou cheiro da bebida. Por isso, a recomendação é evitar o consumo de destilados de origem duvidosa, especialmente em regiões onde há registros do surto.

Caso surjam sintomas suspeitos após ingerir uma bebida alcoólica, é essencial procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento envolve medicamentos que atuam como antídoto, como o fomepizol, ou, em alguns casos, etanol intravenoso. Situações graves podem exigir hemodiálise.

Atenção redobrada

Diante das dificuldades no acesso rápido ao tratamento, a melhor forma de se proteger contra os riscos do metanol é: priorizar bebidas de estabelecimentos confiáveis, desconfiar de preços muito abaixo do mercado e evitar o consumo de produtos sem procedência clara. O alerta aceso pelos casos recentes mostra a importância de estar atento ao que consumimos e reforça que a saúde sempre deve vir em primeiro lugar.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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