Dor do crescimento em crianças existe? Médico explica
Caras
Muitos pais relatam que suas crianças sentem dores nos membros principalmente nas pernas, sem causas específicas, alguns acreditam que esse desconforto está relacionado ao crescimento. Em entrevista à CARAS Brasil, o médico endocrinologista pediátrico Miguel Liberato explica sobre o assunto e revela o que é a famosa dor do crescimento.
Segundo o especialista, as dores do crescimento geralmente surgem no final do dia ou à noite e, na maioria dos casos, podem ocorrer bilateralmente. Por isso, é importante observar se esse desconforto na região é relacionado ao desenvolvimento da estatura das crianças.
“Na verdade, essa condição não apresenta relação com nenhuma fase do crescimento físico. É um termo bem antigo, que acaba sendo utilizado amplamente até hoje e que se refere à uma dor benigna, de evolução crônica e pode acometer até 20% das crianças já a partir dos três anos de idade e até mesmo adolescentes, de ambos os sexos, sem causas específicas de saúde”, avalia.
O Dr. Miguel reforça que a intensidade das dores pode variar, chegando a causar choro em algumas crianças. No entanto, pela manhã, a criança normalmente não apresenta qualquer dor ou limitação para brincar.
“Essa é uma observação importante, que nos ajuda a diferenciar de causas potencialmente graves de dores na pernas. Além disso, raramente são dores diárias. Comumente observamos que se intercalam dias com dores com períodos sem dor”, diz o especialista.
O QUE FAZER?
O pediatra enfatiza a importância de orientar e tranquilizar os familiares, explicando que as dores são benignas e tendem a desaparecer até o fim da infância. Medidas como massagens locais podem proporcionar alívio significativo e, em alguns casos, pode-se utilizar analgésicos comuns.
“Mesmo que as dores nas pernas sejam frequentemente atribuídas às dores do crescimento, é crucial diferenciá-las de outras causas potencialmente graves. Observar as características das dores é essencial para não deixar de identificar precocemente condições mais sérias que possam estar presentes”, finaliza o Dr. Miguel.
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