Saiba quais são os riscos de partir comprimidos ao meio
ICARO Media Group TITAN
Há indivíduos que têm o hábito de dividir os comprimidos ao meio, seja para facilitar a ingestão ou para tomar apenas metade da dose prescrita. Contudo, essa prática pode acarretar riscos à saúde dos pacientes, conforme indicado por um estudo realizado pela Universidade Católica de Pelotas, no Rio Grande do Sul.
De acordo com a pesquisa divulgada pela instituição, além de comprometer o tratamento, partir os comprimidos ao meio pode levar à intoxicação. O estudo focou em um diurético amplamente receitado para hipertensão no Brasil, sendo analisados 750 comprimidos. Surpreendentemente, em nenhum dos casos as duas metades continham a mesma quantidade do princípio ativo, resultando em uma discrepância de até 15%.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em resolução de 2003, comprimidos revestidos, medicamentos de liberação controlada, cápsulas, drágeas e pílulas não devem ser partidos, sendo que essa informação deve estar presente nas bulas dos remédios. A orientação é clara: evitar a prática de dividir os comprimidos, visto que isso pode alterar a disponibilidade e a eficácia do princípio ativo.
É importante saber que os comprimidos sem sulcos jamais devem ser partidos, enquanto os sulcados, com uma marca no meio, teoricamente poderiam ser divididos se o usuário possuísse um instrumento apropriado. Apesar disso, a Anvisa não recomenda o fracionamento mesmo nesses casos, reforçando a importância de seguir as orientações de uso de cada medicamento para garantir a eficácia do tratamento.
Quer ficar informado? Siga a TITAN no WhatsApp , Facebook , X , BlueSky , Threads e Telegram