Câncer no intestino: como a alimentação prevenir da doença?
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Atualmente, alguns casos de câncer de intestino em mulheres com menos de 50 anos tem preocupado grande parte da população, como das cantoras Simony e Preta Gil.
O câncer de intestino é um tumor que se desenvolve no intestino grosso, chamado também de câncer do cólon e do reto. É uma doença que pode ser prevenida, pois quase sempre se desenvolve a partir de pólipos, lesões benignas que crescem na parede do intestino. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 44 mil novos casos da doença por ano no próximo triênio, entre 2023 e 2025.
Como o câncer de intestino se desenvolve
Segundo o Dr. Pedro Andrade, um dos pioneiros em medicina de precisão no Brasil e entusiasta da medicina funcional, apesar de não ser possível garantir que um paciente não desenvolva a doença, a genética é uma forte aliada para a prevenção, pois através do conhecimento dos genes é possível adotar medidas para que eles sejam silenciados, através dos hábitos de vida, sobretudo, os alimentares.
“No caso do câncer de intestino, algumas pessoas apresentam alterações genéticas, com polimorfismos nos genes NAT1, NAT2 e GATA3 que estão ligados à patologia. Um dos fatores que promovem a expressão desses genes, ou seja, o desenvolvimento da doença, é o excesso do consumo de carnes vermelhas e processadas, os famosos embutidos, como linguiças, salsichas, presuntos, mortadelas, salames, entre outros”, aponta.
Alimentação pode prevenir câncer de intestino?
Ainda de acordo com o especialista, apesar de grande parte das pessoas não terem acesso a testes que revelem informações genéticas, com um estilo de vida mais saudável, é possível reduzir as chances de desenvolver este tipo de câncer.
“Prevenir uma doença vai muito além de fazer exames regulares, o que também é importante. Mas a prevenção maior, é feita através das nossas escolhas do dia a dia, especialmente em relação à alimentação. Para auxiliar na prevenção do câncer de intestino, especialmente para pessoas predispostas, é recomendado adotar uma dieta com base vegetal, rica em cereais, raízes, tubérculos, frutas, verduras, leguminosas, oleaginosas e sementes. Caso não haja uma adaptação à rotina sem proteína animal, é recomendado incluir o consumo de carnes brancas e magras, como frango, peixes, coelho e pato”, finaliza.