Dormir mais pode reduzir fome e levar a perda de peso, diz estudo
Tecmundo
Em um estudo publicado segunda-feira (7) na revista JAMA Internal Medicine, pesquisadores das universidades de Chicago e Wisconsin-Madison, nos EUA, descobriram que o aumento da duração do sono diário para 8,5 horas por noite é capaz de reduzir o número total de calorias ingeridas em um dia. Resultado: quem dorme mais pode perder peso no longo prazo.
Percebendo que a epidemia mundial de obesidade está diretamente relacionada com um padrão de dormir menos, especialistas do Centro do Sono da Universidade de Chicago resolveram realizar um ensaio clínico para apurar se uma elevação no tempo diário de sono poderia contribuir para uma redução na ingestão calórica e, consequentemente, em diminuição do peso corporal.
Fonte: Chicago Sleep Center/Divulgação.
Como foi realizado o ensaio que relacionou mais sono a perda de peso?
Em um comunicado, a principal autora Esra Tasali explicou que, com o passar dos anos, "nós e outros mostramos que a restrição do sono tem um efeito na regulação do apetite que leva ao aumento da ingestão de alimentos e, portanto, coloca você em risco de ganho de peso ao longo do tempo”. Dessa forma, a pergunta-chave da nova pesquisa foi saber se reverter o processo, ou seja, prolongar o sono poderia causar uma perda de peso.
No ensaio clínico randomizado feito com 80 adultos, os autores descobriram que jovens adultos com sobrepeso, que dormem normalmente menos de 6,5 horas por noite, foram capazes de estender a duração do seu sono em 1,2 hora em média e, com isso, experimentaram uma redução na ingestão calórica geral de 270 kcal por dia.
Esse resultado, no aumento do tempo de sono e redução de peso, foi conseguido através de uma sessão única de aconselhamento personalizado sobre higiene do sono. E o mais importante foi notar que a redução da ingestão de 270 kcal/dia, que representa perda de 12 kg em três anos, foi conseguida em um ambiente do cotidiano dos participantes, sem nenhuma manipulação ou controle sobre os hábitos alimentares.
ARTIGO Jama Internal Medicine: doi:10.1001/jamainternmed.2021.8098