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As últimas 'refeições' presentes em restos mortais redescobertos pela Ciência
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As últimas 'refeições' presentes em restos mortais redescobertos pela Ciência

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Aventuras Na História
15/08/2021 11h00
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A ciência, hoje, possibilita que uma série de exames sejam realizados em restos mortais de indivíduos que faleceram tanto hoje quanto há milhões de anos. Por meio desses testes, é possível descobrir a idade de esqueletos, suas características e até mesmo suas últimas refeições.

O site Aventuras na História separou uma lista de cinco últimas refeições de restos mortais redescobertos pela ciência que surpreenderam pesquisadores e interessados pelo assunto. Você pode conferir a seguir!

1. 'Homem de Tollund', de 2.400 anos

Reconstrução dos ingredientes do mingau / Crédito: Divulgação/Antiquity

 

Além de ser uma das mais antigas múmias naturais já descobertas, com cerca de 2.400 anos, o 'Homem de Tollund', como ficou conhecido, pôde passar por diversos estudos e revelou detalhes sobre sua morte. Segundo a pesquisa, o indivíduo teve uma refeição saudável 12 a 24 antes de ser morto, provavelmente durante um sacrifício ritual.

O alimento em questão era um mingau que contava com sementes, — como cevada, linhaça e sementes de persicária, uma erva daninha — e peixes. Além disso, o intestino do homem também estava repleto de proteínas e ovos de vermes intestinais, indicando que ele sofreu com a ação de parasitas.


2. Ötzi, o Homem de Gelo

Imagens do trato digestivo de Otzi / Crédito: Divulgação/ South Tyrol Archeology Museum

 

Enquanto Tollund foi encontrado na ‘terra’, Ötzi foi no ‘gelo’. Nos Alpes, estava a múmia que viria a ser uma das mais antigas já encontradas, tendo vivido há 5,3 mil anos, no período Neolítico. Pelo local onde foi encontrado, o indivíduo ficou conhecido como “Homem de Gelo” e foi submetido a uma série de exames.

Um deles inclusive revelou que Ötzi se alimentava principalmente de carnes selvagens de íbex, que é um caprino morador da região dos Alpes, e de veado. Além das fontes de gordura, essenciais ao local frio, o homem também comia trigo selvagem e um tipo de samambaia.


3. Monstro marinho de 230 milhões de anos

Ictiossauro com o conteúdo do estômago visível / Crédito: Divulgação/Ryosuke Motani

 

Há mais ou menos um ano, paleontólogos se surpreenderam com uma descoberta que mudou as noções sobre os ictiossauros, uma ordem de répteis marinhos extintos que se assemelham aos golfinhos. Eles se depararam com um fóssil quase completo do animal no sudoeste da China.

Com cinco metros de comprimento, o esqueleto guardava ainda outro fóssil bem preservado no interior de seu estômago; tratava-se de um Talatossauro, um ser aquático de quatro metros de comprimento que se parece com um lagarto que teria sido a última refeição do “monstro marinho” do período Triássico, há mais ou menos 230 milhões de anos.


4. Filhote de cachorro de 14 mil anos

Corpo do cachorro primitivo / Crédito: Divulgação/Servei Fedorov et.al

 

Em Tumat, na Sibéria, pesquisadores identificaram um filhote de cão primitivo da Era do Gelo em 2011 e, no ano passado, perceberam que havia um pedaço de tecido peludo dentro da barriga do cãozinho, o que os levou a realizar mais estudos.

Primeiro, os estudiosos pensaram que o animal havia se alimentado de um leão-das-cavernas, da espécie Panthera spelaea. No entanto, por meio do banco de dados de DNA de mamíferos antigos, eles conseguiram chegar à conclusão que era uma carcaça de de rinoceronte-lanudo (Coelodonta antiquitatis) e, inclusive, provavelmente um dos últimos, pouco antes da espécie ser extinta há 14 mil anos.


5. Nodossauro de 110 milhões de anos

Nodossauro encontrado - Crédito: Wikimedia Commons

 

Embora pesquisadores tenham descoberto, em 2011, no Canadá, apenas a metade superior de um enorme nodossauro, um dinossauro que viveu há 110 milhões de anos, o mais surpreendente foi que o fóssil guardava o estômago preservado do animal, além dos restos de sua última refeição. 

A partir de análises, que começaram a ser feitas em 2017 mas que ainda tiveram estudos publicados no ano passado, os paleontólogos relataram que 88% do material era de um tipo de samambaia; o restante se dividia entre musgos, ao menos 50 espécies angiospermas, pedras e vestígios de vegetação queimada.


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