Entenda como tubarões poderiam ter desaparecido dos oceanos há 19 milhões de anos
Aventuras Na História
Com presas enormes e aparência muitas vezes assustadora, os tubarões são animais temidos e, ao mesmo tempo, fascinantes. Não à toa, Hollywood explorou esse medo irracional do ser humano em dezenas de filmes, os quais arrastaram multidões para os cinemas e se tornaram grandes sucessos mundiais.
De forma bem-sucedida, das menores às maiores espécies, esses peixes cartilaginosos povoaram os oceanos ao longo dos anos de sua existência. E foram muitos milhões desde seu surgimento: 450, de acordo com a Revista Pesquisa, da Fapesp.
Mas, apesar de terem conquistado espaço, nesse meio-tempo, diversas espécies acabaram desaparecendo, como o incrível Megalodon.
Com uma cabeça que media 4,65 metros e uma cauda com cerca de 3,85 metros de altura, esse predador era um verdadeiro mostro dos mares e viveu, conforme parte dos cientistas, até 3,6 milhões de anos atrás.
O paleontólogo Robert Boessenecker, quem apresentou a tese ao National Geographic no ano de 2019, afirmou que o possível causador de sua extinção teria sido seu concorrente, o tubarão-branco, que, com o tempo, ganhou espaço no ambiente marinho. Neste caso, uma única espécie levou uma segunda a desaparecer por completo, sem que houvesse, portanto, um evento de grandes proporções.
Muito antes da extinção do Megalodon, porém, um enorme evento teria feito com que 90% dos tubarões desaparecessem do globo terrestre, de acordo com uma nova pesquisa publicada no último dia 4, na revista Science.
Quase extintos
O estudo, realizado por pesquisadoras da Universidade de Yale, afirma que uma verdadeira extinção em massa teria ocorrido há 19 milhões de anos. O evento, até então desconhecido, poderia ter dado aos tubarões o mesmo destino dos dinossauros.
Assim, o artigo publicado considerou que os oceanos poderiam concentrar um número inimaginável de tubarões nos dias de hoje se não fosse por essa grande extinção em massa. É o que afirmam as paleontólogas Elizabeth Sibert e Leah Rubin.
Os estudos de paleontologia nos oceanos geralmente são realizados a partir da análise de rochas e de fósseis encontrados em águas rasas. Pelo fato desse método tradicional ter se revelado muito limitado, a nova pesquisa, no entanto, foi baseada em microfósseis encontrados nos sedimentos presentes no oceano.
As pesquisadoras extraíram desses sedimentos um material chamado ichthyoliths, que nada mais é do que fragmentos de escamas, ossos e dentes de peixes que viveram há muito tempo e que ficam acumulados no fundo do oceano.
Foi assim que Sibert e Rubin tiveram acesso a informações que datam até 40 milhões de anos. Foi também por meio desses dados que elas chegaram a uma outra tese.
De acordo com as paleontólogas, o evento de extinção em massa, além de ter reduzido radicalmente a população de tubarões, fez com que houvesse houve uma diminuição de mais de 70% na diversidade morfológica desses peixes.
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