Ingenuity ajuda pesquisadores a conseguirem inéditos registros de Marte
Aventuras Na História
Em fevereiro desse ano, como relatou a equipe do site do Aventuras na História, o rover Perseverance, da NASA, chegou em Marte para colher mais informações sobre o gigante vermelho — como a primeira foto colorida do planeta.
Equipado da maior moderna tecnologia, o rover levou em sua ‘barriga’ um mini helicóptero chamado Ingenuity. A nave, de pouco mais de 1,8 quilos, foi levada com o intuito de obter registros de Marte sob uma pespectiva jamais vista antes.
Como explica matéria da CNN, nos últimos dias o Ingenuity realizou seu nono voo — o mais longo, veloz e que durou mais tempo entre eles. Desta vez, o veículo aéreo ‘mergulhou’ em uma cratera enquanto servia de batedor aéreo para o rover.
A excursão durou pouco menos de dois minutos e meio, mas foi suficiente para a nave tirar fotos de diferentes camadas rochosas do gigante vermelho, que preservam o registro climático e geológico de Marte. Segundo a CNN, isso pode ajudar a revelar o que mudou no planeta nos últimos milhares de anos.
Até então, as imagens eram feitas por câmeras acopladas em robôs no solo, ou por orbitadores a centenas de quilômetros da superfície. Mas agora, o mini helicóptero permite que elas sejam feitas a apenas 10 metros do solo. O Ingenuity consegue fazer registros com uma maior riqueza de detalhes.
"Uma vez que um rover chega perto o suficiente de um local, obtemos imagens em escala terrestre que podemos comparar com imagens orbitais", explica vice-cientista do projeto Perseverance do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, Califórnia, Ken Willford.
"Com o Ingenuity, agora temos essas imagens em escala intermediária que preenchem muito bem a lacuna na resolução".
A principal missão do Perseverance é reunir material que serão enviados para a Terra com o intuito de descobrir se o planeta vermelho abrigou vida microbiana há bilhões de anos, quando sua temperatura era mais quente e úmida.
"Nosso plano atual é visitar as cristas elevadas e investigá-las de perto", explica Williford. "As imagens do helicóptero são muito melhores em resolução do que as orbitais que estávamos usando. Estudá-las nos permitirá garantir que visitar essas cristas seja importante para a equipe".